terça-feira, 30 de junho de 2009

As boas pérolas do Chile

Quando comecei a beber vinho tinto, substituindo a cervejinha gelada cotidiana e sua consequente barriguinha, não entendia bulhufas do assunto. Era como um pato fora d'água. Necas.
Hoje, passados alguns anos de devoção diária a Baco e Dionísio, depois de ler bastante sobre o assunto e assistir a vários documentários, depois de conversar com enólogos e sommeliers, posso dizer, com certeza, que não entendo nada do assunto. Sou como um pato fora d'água. Necas.
Aprendi sozinho que um bom tinto é um bom tinto e pronto. E que tudo o que você precisa saber é:
1. O preço cabe no seu bolso ?
2. O paladar lhe apetece ?
Dito isto o resto é firula. Sabe aquele cara no restaurante, na mesa ao lado, que balança a taça antes de provar a bebida ? Sabe aquela pequena degustação que você também faz antes de autorizar servir o nobre rubro ? E aquela famosa cheiradinha na rolha, então ?
Pois é...tudo balela. A não ser que você seja profissional do ramo, o resto é glamour.
A mexidinha na taça ? É para liberar os ésteris e acentuar o bouquet...e o que raio são os ésteris ? E o bouquet, então ? Humm...suspeito, muito suspeito.
Tem até o cara que vê o contraste da cor da taça, já com vinho, contra o guardanapo branco da mesa do restaurante ! É para checar a viscosidade, diria um expert de plantão. Ahã...sei, viscosidade...pois é.
Eu bebo tintos todos os dias há 06 anos, e posso dizer o seguinte:
- Prefiro os chilenos aos franceses;
- Não pago muito mais que vinte paus a garrafa;
- Compro em supermercados;
- Um malbec ou um merlot são meus preferidos.
Ponto final.
E quanto a harmonização ? Pois é, se alguém descobrir a fórmula de harmonizar relacionamentos, amizades, família e trabalho me avise. Enquanto este dia não chega, eu vou lendo o rótulo traseiro (back label) das garrafas e me informando sem cerimônia nenhuma, o quê combina com o quê.
Por exemplo:
Comprei hoje, num supermercado, dois tintos chilenos muito honestos, ambos na faixa de R$ 17,00 (preço promocional). Um é meu velho companheiro Santa Helena Cabernet Sauvignon 2008 e o outro, um novato aqui em casa, um simpático Gato Negro Merlot 2007.
Gastei 32 pilas nestas duas beldades, que serão deliciosamente sorvidas neste próximo fim-de-semana.
A harmonização recomendada na garrafa era: "...consumir preferencialmente com carnes vermelhas, assados e pratos bem condimentados; além de bons queijos com personalidade..." (seja lá o que isso quer dizer !).
Viram só ? Um curso rápido de harmonização. Sem sequer precisar levantar o nariz.
A garrafa fez menção ainda aos taninos do vinho, que eram suaves e arredondados. O redator técnico do rótulo esqueceu-se do fundamental: um bom tinto pede uma boa companhia.
Já os taninos...
Gente, é facinho, facinho viver !

Vamos em frente !

GM

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Uma etílica rapidinha

Gostei demais do bar O Memorial, lá do Campo Belo Paulista. Pra quem quiser saber, fica na rua República do Iraque, o número esqueci.
Ambiente boteco, música de primeira (samba e choro) e feijoada completa. A caipirinha ? Boa de doer !
Mas o ponto alto é outro. Uma publicação bem humorada, de nome Tulípio, que eles distribuem no local. Um libreto de qualidade, com humor caricato e tiradas geniais. O texto é de Eduardo Rodrigues e o traço é assinado por Stocker.
Stockadas à parte, gostei demais de uma passagem de Luís Fernando Veríssimo, que o número 7 trazia e reproduzo aqui:

Um cara entra no bar e diz:
- Aqui só tem veado e mentiroso.
- Epa - diz um, se levantando. - Eu não sou.
- Não é o quê ?
- Veado.
- Então é mentiroso.
- Eu nunca minto.
- Pra que começar agora?
- Eu não sou veado e não estou mentindo!
- Suspeito. Muito suspeito. Geralmente quem declara que não é veado desse jeito, é por que é. A não ser que...
- Que o quê?
- Que esteja mentindo.
- Como ?
- Se você é mentiroso, quando declara que não é veado, dessa maneira tão suspeita, está mentindo. E não é veado.
- Não sou mesmo.
- Então é mentiroso.
- Também não !
- Então é veado.
- Não sou !
- Espere - diz o cara que entrou no bar. - Vamos recapitular...
Mas o outro perde a paciência e passa a estrangular o que entrou no bar, que se debate e, a muito custo, consegue gritar:
- Era só uma tese ! Era só uma tese !
(Luís Fernando Veríssimo)

É como eu disse antes, viver é etílico !

Vamos em frente !

GM

Clapton por ele mesmo

Clapton is God !
Esta pichação aparecia com frequência nos muros de Londres a partir da segunda metade dos anos 60. Era uma ode clara a genialidade de Eric Clapton. Um guitar hero que tocava diferente. Sem ser muito espalhafatoso e sem chacoalhar muito a cabeça, fazia solos incríveis, indo e vindo em escalas bem equilibradas com a harmonia da música, sem excessos e sem faltas.
Muito Clapton.
A habilidade de sair do tema dominante e voltar pra ele com sutileza, associada a uma certa "lentidão" nos arpejos, fizeram dele um músico especial que dominava o blues e o rock.
Li recentemente seu livro, Eric Clapton - A autobiografia, que saiu pela Planeta do Brasil e teve tradução esperta de Lúcia Brito.
Foi surpreendente descobrir como sofreu este músico. E sofreu por ele mesmo, por nada e por tudo. Emocionante descobrir como em várias vezes esteve a ponto de perder tudo, e depois, de um tudo se recuperava, saindo, quase ileso, como fênix que regressa.
Drogas, bebidas, relações erradas, frustrações, alegrias muitas, tudo isto está na música dele (basta conferir, por exemplo, o Unplugged, lançado anos atrás) e no livro também.
Recomendo, pois viver também é blues.
Vamos em frente !
GM

sábado, 27 de junho de 2009

Uma exuberante Kate Winslet

Assisti ao intenso "Revolutionary Road", do diretor Sam Mendes (de "American Beauty"); uma produção de 2008, mas completamente atemporal em termos de conteúdo. Soará sempre como atual. Tipo de cinema que não envelhece. Uma viagem ao interior dos relacionamentos entre casais.
Recomendo.
Thomas Newman assina uma nervosa trilha sonora, repleta de sons sutis que se encaixam nas cenas perfeitamente. Pequenos arpejados, ora em piano, ora em cordas, colaboram para criar uma atmosfera pra lá de intensa.
Leonardo DiCaprio está mais ator desta vez. Quase me convenço que conseguiu a carteirinha do sindicato. Já Kate Winslet, está além da própria fita.
Exuberante. Ela brinca com o corpo dando aula em cena. O rosto exprime intensamente a dor da personagem, April, perdida em suas próprias desilusões e insatisfações.
A cena da traição, com o vizinho, dentro do carro, é insólita. A gente fica com raiva e pena dela ao mesmo tempo. Depois do ato, ainda querendo aproveitar o restinho de prazer que latejava dentro dela, não teve dúvidas: com uma sutileza de deusa, calou a boca do parceiro fortuito, que tentava declarar seu amor de vizinho voyer naquele momento:
- Você pode, querido, ficar calado, um minuto só, por favor ?
Exuberante Kate. Recomendo a casais que brigam pouco.
Vamos em frente !

GM

sexta-feira, 26 de junho de 2009

MoonWalk

Michael Jackson representou para mim, o mesmo que representaria para qualquer pessoa que tivesse vivido a inacreditável explosão de sentimentos que foram os anos 80.
A década perdida.
Não perdemos nada. Achamos. Achamos o POP, o nascimento do hard rock, a profissionalização do metal, o advento dos grandes shows, a especialização da mídia, a familiaridade com o caos econômico, social e cívico. O Rock in Rio I. A seleção de 82. Os primeiros beijos. As primeiras carícias. Os primeiros seios nas mãos. Os bailes. As danças. Os amigos. A música.
E Michael.
Parece uma sina esquisita que ainda não foi bem explicada. Muitos gênios carregam a dor junto com a luz. Carregam a faca junto com a cura. Muitos sofrem para criar. E da dor, criam. E da cria, choram. Ele era um pouco assim, um pouco demais assim.
Eu e Michael, em quatro cenas:
1. 1980: comprei uma camisa meia-manga da marca Levi´s. Era uma camisa xadrez, em tons cinza claro. Comprei só pela promoção: um disquinho compacto de acetato que rodava em 33 e 1/3 e trazia duas faixas de Janis Joplin: The Woman Left Lonely e Me and Bob McGee. Comprei também, por que o filme da mídia me chamou muito a atenção: um acampamento de jovens...uma modelo lindíssima...um cara bonitão (que se não me engano era o Paulo César Grande)...e ao fundo, a velha Janis castigava: The Woman Left Lonely...uma voz linda e rouca.
Rapidamente em casa pus o compacto no velho Sonata do meu irmão e ouvi. Horas depois chamei uma menina da rua (Eliane, acho) em quem estava de olho, para ouvir comigo. Ela concordou e perguntou se podia levar o disquinho dela também. Lógico que concordei, pois queria mesmo era ver aquelas coxas apertadas numa mini-saia. Por curiosidade perguntei:
- De quem é o disco ?
- Do Michael Jackson ! Conhece ?
Eram Music and Me de um lado e do outro lado, ABC. Congelei ao ouvir.
2. 1982: Na casa de meu amigo-irmão Robélio, escutamos uma música que mexia, nervosamente, com nossa energia: era Don't Stop 'Till Get Enough. Um pedrada. Uma porrada. Colocar esse som alto e ficar sentado era impossível. Uma energia quente subia pela barriga e arrepiava os pelos dos braços. Agente sentia vontade de gritar, de dançar e de cantar até perder o fôlego. Naquela época dançávamos em grupinhos e seguindo os mesmos passinhos (era idiota, mas eram os 80...!); namorava uma menina da rua chamada Cláudia (acho...!) certa vez ouvimos juntos este som e depois da música, me abraçando apertado, perguntou:
- Nossa o que você tem ?
Ternamente calei sua boca com um beijo novo e respondi nervoso:
- Não sei, estou me sentindo estranho.
Era a música desse cara. Que operava uma certa transformação na minha forma de perceber o mundo.
3. 1984: A rede manchete passaria no domingo a tarde um especial sobre Michael Jackson. Seria apresentado por um jovem ator chamado Marco Nanini, que despontava como talento naquela época.
Naquele dia por volta das 18h00m, na rua onde morava, ninguém, absolutamente ninguém, estava fora de casa; todos estavam de TV ligada e olhar atento e devoto. Era impressionante. Somente observara algo assim 02 anos antes, no fatídico Brasil e Itália da copa da Espanha.
Nada nas ruas. Todos de olho na telinha. Lembro-me de que o combinado era a turma toda assistir o show na casa do Ney, que tinha uma varanda grande com TV.
Preferi assistir sozinho em minha casa.
Sentei no chão na frente da TV e não pisquei nenhum um segundo durante todo o programa. Acho que ele tinha 25 anos e eu 15 ou 16 anos. Naquele dia assisti pela primeira vez uma coisa assustadoramente linda. Um troço de tirar o fôlego: esse cara, fazendo um show no teatro Apollo de NY, foi dançando até o canto do palco e voltou andando para trás...ou para frente...parecia truque...mas era Michael Jackson...era o passo de dança que mais tarde ficou conhecido como MoonWalk. Fiquei eletrizado.
4. 1987: Caetano e Chico faziam um antológico show na TV Globo. Show que virou série, e que por sua vez, era uma tentativa de reproduzir o lendário show dos anos 70, Chico e Caetano, gravado ao vivo no teatro Castro Alves.
Caetano começou a cantarolar um tema muito parecido com Billie Jean:
" 'Tava jogando sinuca, uma nega maluca me apareceu. Trazia um menino no colo e dizia pro povo que o filho era meu."
Não sei se era uma cançoneta folclórica ou de Clementina, mas se assemelhava ao refrão de Billie Jean, e muito.
Na sequência o bom baiano emendou um Bilie Jean com arranjo para violão, voz e pandeiro...gênio...Caetano Jackson.
Depois cresci. As espinhas se foram. Meu interesse por música foi substituído por mulheres, festas e bebidas. Voltei a ouvir a raíz da MPB, me servindo do acervo do Arlindo e o Michael, esse cara que morreu ontem , ficou mais distante do meu gosto musical.
Voltou forte ao meu encontro depois de lançar Bad, para depois sumir novamente.
Ontem ele morreu. Uma morte besta. Uma morte morta.
Por que os gênios precisam somatizar tanto e ir embora tão cedo ? Por que se foram tão apressados Elis, Elvis, Noel, Sinhô, Hendrix, Joplin e Jim ?
O que é que tem lá do outro lado, para essa gente ter tanta pressa assim ?
Fiquei muito triste com a morte de Michael. É como se uma ficha enorme caísse sobre minha cabeça. Os anos passam, mesmo.
Aqui em casa tenho Off the Wall (indispensável), Thriller (inenarrável) e duas coletâneas bestas. Como dica, guardem estes dois originais, pois são de longe, as obras mais autorais desse cara.
Aos pouquinhos a tristeza está passando. Um tinto amigo me acalanta, um cafuné safado da esposa me anima e o nó na garganta vai descendo, assim...assim.
Meu rosto no espelho tem as mesmas marcas. Vou seguir em frente meu caminho. Hoje com um sentimento misto de ressaca e saudade. Amanhã...melhor que hoje.

Afinal, who's bad ?

GM

quinta-feira, 25 de junho de 2009

E como diria Joel, o Santana

Nossa seleção não foi véri gudi. O golzinho Lazarone, só saiu na virada da peleja final, e não foi fruto coletivo do futebol de uma equipe que plêie véri uel.
Não quero parecer chato, nem tão pouco abstrato, mas, não posso me deixar iludir por um gol de falta salvador da pátria de chuteiras. E nem por Daniel, seja o Alves ou aquele outro, na cova dos leões.
Eu sei que the tim treiningue véri loti, mas há mais palavras entre a bretanha e o Brasil, do que Pelé poderia cantar. E olha que ele canta pouco, mas jogava muito.
Robinho, para com isso meu filho. Plei tchu the léfiti, plei tchu the raiti...mas plei, .
Talvez ganhemos essa copinha...mas, e a copona ?
Como é linguístico torcer !
Vamos em frente !

GM

Amigo é coisa pra se levar debaixo do braço

Como um abraço, cada uma das pequenas palavras aqui postadas pelos amigos, me envolveram calorosamente.
Agradeço, então:
Saudades da amiga Marília do Rio, casadinha com meu amigo Zé Paulo e já papai e mamãe cedinho. Saudades de Geraldo Claro e de nossas aventuras etílicas ao som de um Buarque pra lá de Chico. Feliz com as palavras do novo amigo Sérgio, um mestre na arte da informática e um gênio na partilha de boas músicas. Besta com as palavras do filhote, que me surpreende até dormindo e que me ocupa mais o coração do que a mente.
Agradeço sorrindo. Agradeço sorrindo. Agradeço...
Bom demais viver, gente !

Vamos em frente !

GM

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Discoteca básica 3

Queria escrever um pouco sobre um disco excepcional. Queria também, muito e tanto, rascunhar sobre os artistas que autoraram a obra, mas qual...meu repertório noturno é por demais casto.
Mas de que vale a estrada se você não caminha ? Sem medo de me achar raso, segue, em palavras, o desbunde daquilo que ouvi em música, e que ouço sempre, e que sempre me tira o fôlego:
Ouça Clube da Esquina I, de Milton Nascimento e Lô Borges !
Dizem, foi uma resposta, ou uma pergunta, ao Sgt. Peppers do Fab Four. Dizem, foi uma pura e intensa viagem lisérgica, regada a acordes dissonantes. Dizem, foram Milton, Borges e mineiros muitos.
Foi é música. E muita ! E quanta ! E tanta !
1972 raiava em plena dureza cinza do AI 5. Um país pré-Geisel e uma juventude sedenta de tudo, bebia e beberia, de tudo, naquele disco. Faixas antológicas como, Cais, Trem Azul e Cravo e Canela serviram de banquete para famintos de cultura, de letras e hortas.
Éramos cegos e não sabíamos. Babete festejava e ficávamos na calçada.
Sofisticação melódica. Simplicidade harmônica. Complexidade temática. Letras que iam e ficavam e depois voltavam ao nosso encontro. Um trabalho único, como eles. Cheio de sol e nuvem.
O encarte com fotos de Cafi, revelavam uma atmosfera própria para criar e viver.
Recomendo o disco, o K-7, o CD, o DVD, o livro...e um bom malbec de alma terrena para acompanhar.
Fecha os olhos na faixa 2...depois 'cê me fala o que sentiu...
É bom demais viver !
Vamos em frente !
GM

domingo, 21 de junho de 2009

Ele é de Carnaúba dos Dantas

Dantas é aquele tipo de amigo que ilumina nossas tardes cinzas. Que liga para desejar que você seja mais feliz e para ter a certeza de que você entendeu bem essa parte.
Sua cepa de família teve origem em Carnaúba dos Dantas e se esticou vigorosamente por Caicó, Natal, São Luís e outras cidades afortunadas por essa feliz migração.
Viajamos por várias dessas cidades na companhia de nossas idéias, nossas obrigações profissionais e de uma amizade que nascia para ir ao longe.
Amiúde, parávamos ali e acolá, para apreciar a beleza gustativa da culinária nordestina, que ele conhece como poucos.
No Maracangalha de São Luís, lugar que mais tarde soube ter como chef, também um Dantas, comemos a peixada mais deliciosa do mundo e degustamos algumas branquinhas em garrafa de rolha, coisa da terra, coisa de cidade que ainda respira.
Em cada lugar, em cada pequena parada que fazíamos ele se conectava à terra. Falava com os garçons, da origem deles dizia conhecer seus amigos e parentes. Quantos garçons, frentistas e lojistas não pude ver quase às lágrimas por essa habilidade de Dantas:
- Tu é de onde, mesmo ? Ah...conheço tua gente...
E a resposta já era emendada por toda uma estória bonita que sempre acabava numa nova amizade.

É o Dantas, que dos tempos de vaquejada guarda as cicatrizes. Dos tempos de andanças, guarda as amizades. E dos tempos de sempre, guarda a família, por quem tem um amor indivisível e por quem vela o sono e vive a vida: esposa, filhos, netos...todos com um lugar reservado no coração deste grande ser humano.

Putz...como é fraterno viver !

Vamos em frente !

GM

Um vira-latas para Joel ver e inglês to see

Nelson Rodrigues uma vez me disse, através das letras é claro, que nossa seleção canarinho tinha muito claramente duas coisas: talento indiscutível e uma estranha síndrome de vira-latas.
Sim, sabemos que ele estava se referindo ao fato de, apesar de tantos craques...nada de títulos. Necas de pitibiribas.
Sabemos também que isso foi escrito, lido e ouvido, antes de 1958, quando na Suécia, lavamos a alma com Pelé (reserva de Dida (!)) e Garrincha. Porém, depois da lendária goleada que aplicamos na final daquela que foi, dentre todas as copas do mundo, a mais sueca, dificilmente o velho Nelson teria escrito essa famosa frase.
Eu escrevo.
Assistimos hoje a um Brasil e Itália bem sem-vergonha. Uma Itália desorganizada, meio que Brancaleone, avançava desesperadamente em busca do golzinho salvador (Lazarone, lembra ?). Qual nada. Go to USA. Isso mesmo, Itália - dona de 04 títulos mundiais, saiu e nossos amigos papa-burgers, seguiram em frente nesta hilária competição.
Nós também seguimos em frente, meio que preguiçosamente, como um vira-latas de estirpe; meio que bobamente (ah...Robinho, para com isso menino !), como uma vira-latas que brinca; meio que despreparadamente, como um vira-latas de condomínio.
Gente, com esse time vamos ganhar a copa de Pretoria e de Joel Santana...e vamos perder, de novo, a cobiçada copa do mundo.
Acorda canil.

Putz...como é sofrido torcer !

Vamos em frente !

GM

domingo, 14 de junho de 2009

Tecnologia a Serviço do Bem

Inacreditável ! Cada dia mais me surpreendo com o tudo e o tanto que temos ao nosso dispor hoje e amanhã, via tecnologia. Um click e nada mais. É só o que nos separa de bilhões de terabytes de informação.
É preciso apenas calibrar bem o seu click. Em outras palavras, click a favor do bem.
Vou, sempre que possível, dar dicas de achados perfeitos na web. Perfeitos na humilde visão deste humilde blogueiro. Perfeitos demais para não serem partilhados.
Uma feliz partilha.
Click em www.ted.com/ e surpreenda-se com o fortíssimo conteúdo deste site, que, gratuitamente, oferece ao navegante palestras de especialistas de nível mundial nas áreas de entretenimento, política, design, música, literatura, ecologia...só conferindo para ver o quanto é bom e útil.
Dei a dica para minha irmã e ela me respondeu num email de título Elizabethano: "Meu coração clica apertado...". Ah, essa web !
Sim, o site é em inglês e as palestras também; ótima oportunidade para desenferrujar o Tio Sam dentro de você, ou...simplesmente click no menu de legendas e escolha a legenda em português, já disponível.
Mais fácil que um click perdido, e olha quantos nós damos por aí.
Eu experimentei hoje a palestra do Al Gore sobre aquecimento global. Excelente. Intensa e realista.
Recomendo o site, mas não vá pensando que só tem conteúdo "cabeça", navegue e descubra, vai ser uma experiência muito divertida.
Bons clicks !
Vamos em frente !

GM

sábado, 13 de junho de 2009

Um dia dos namorados

Na companhia de meu filho, saí pra comprar o presente.
Na loja de perfumes, descobri que vômito de baleia e placenta de vaca são bons insumos.
Caminhando pelos corredores do shopping reativei minha fobia à paulistano.
Na joalheria, aprendi como é barata a minha mania por CD´s e livros.
Em pé, próximo ao balcão da loja, entendi o quão demorado pode ser um embrulho para presentes e na saída da loja conheci o desprezo dos vendedores.
Chegando em casa reconheci o caminho do simples.
Os anos continuam passando. Tudo o que é físico é do mesmo jeito. Todo o metafísico é diferente...apenas pra quem vê.
Meu presente foi um sorriso dela. Dentes bem branquinhos e no canto da boca, uma pequena ruguinha...aqui e acolá.
Beijei todas.
Sim, fui pra cozinha. Piquei, bem picadinho, o alho e a cebola. Ouvi oito ou nove Cd´s. Bebi nove ou dez taças de um provocante merlot chileno. Convidei Caetano, Carole King e Paul Simon.
Todos, educadamente, aceitaram.
O risoto saiu fumegante e cremoso. À mesa, eu, ela e o filhote. Da panela para o prato. Do prato para o garfo. Do garfo para a boquinha dela. Embaixo da mesa meu pé provocava o pezinho lindo dela.
Dorme, filhinho, dorme.
Putz...como é safado viver !
Vamos em frente !
GM

A tecnologia e os deuses nórdicos

Mais rápido do que o martelo de Thor, entrei no banheiro e, ainda acelerado, ataquei o cinto que me apertava a barriga.
Enquanto me despia da cintura pra baixo, percebi no bolso da calça aquela maquininha infernal.
Nem bem começara o alívio fisiológico e o smartphone vibrou, tocou e rosnou.
Ah...Loki, quem foi que inventou você ?

quinta-feira, 11 de junho de 2009

De quando encontrei Villas nos Sertões

Naquele dia estávamos indo de carro, pela rodovia Santos Dumont, desde Itu até Campinas. Adri havia marcado um almoço com meu sogro e sogra, em um restaurante de um dos shoppings da cidade.
No caminho, dirigindo e ouvindo música, falamos de trivialidades e de coisas de casal. Víctor, atrás, dormia solenemente, embalado pelo balancê do carro em movimento.
Falamos de muitas coisas normais e algumas anormais, a conversa foi se achegando, de remanso, a um tema que é central para nós dois: literatura brasileira.
Lembro-me de ter trocado idéias vagas sobre Guimarães Rosa, mas, depois, a conversa fixou-se em Euclides da Cunha, não sei bem o porquê. Ainda dirigindo e ouvindo Cartola no CD player do carro, disse a ela que nunca, antes, lera Os Sertões e que considerava este texto muito denso e descritivo.
Surpresa paralisante. Adri, uma professora de literatura apaixonada pelo cheiro das letras brasileiras, arregalou os olhos assim, bem no estilo Bela Lugosi, e sentenciou: - Que pobreza !
Conversamos mais e mais. Ela tentava me convencer a encarar o desafio, quase um exílio literário; eu, pra desconversar, tentava achar "A Vida é um Moinho", no CD que tocava.
Chegamos. Depois de quatro voltas no estacionamento do shopping, conseguimos uma vaga para nosso carrinho médio. Encontramos Sherlock e Dª Maria, já nas imediações do restaurante. Sherlock trazia em embrulho enigmático nas mãos. Finamente embrulhado, presenteou-me com um exemplar de Os Sertões. Olhei rápido para Adri. Sacanagem. Teria ela assuntado Euclidianamente durante a viagem, de propósito ? Seria uma conspiração entre pai e filha, ou um caso bizarro de mediunidade literária ?
Prefiri ignorar a origem e aceitar, feliz e de bom grado, o presente, mas antes, exigi uma dedicatória.
"Ao quarto filho". Essas palavras, escritas numa caligrafia sexagenária e repleta de conteúdo, me emocionaram. Sempre admirei Sherlock, meu sogro, mas agora sua letra fôra fundo demais.
Agradeci comovido.
Era um belo exemplar de Os Sertões. Uma parceria entre o Leopoldo Bernucci, o Ateliê Editorial e a Imprensa Oficial de São Paulo. Um compêndio de história literária (ou literatura histórica, como queiram) com intensas 926 páginas.
Iniciei a leitura imediatamente, no mesmo dia. Avancei com dificuldade pelo labirinto linguístico que é o vocabulário Euclidiano. Morri na página 143. Na boca do sertão baiano e do sertanejo incauto, que de certo me olhava e ria, sem muito medo.
Segui margeando o texto e parei novamente. Era preciso ser um forte, como eles, para avançar no cerrado realista de Euclides. Puro Realismo.
Entre uma página e outra de Os Sertões, distraidamente, abri as formas de outro livro...comprei na La Selva do aeroporto de Congonhas o "Admirável Mundo Velho", livro do Alberto Villas, o bom mineiro.
Enquanto esperava meu vôo para Navegantes, comecei a ler esse livro, bem displicentemente, quase com quem lê O Pasquim.
Uma delícia da editora Globo, que custa menos que meia dúzia de cervejas. Uma redondilha de histórias de antigamente, com as falas, as gírias e as figuras de linguagem de antigamente. Sensacional ! Supimpa ! Batata !
Crônicas leves e saborosas, mesmices do dia-a-dia recontadas magicamente pela pena de um mineiro talentoso e saudoso. Ah...que falta estava me fazendo este livro e eu nem sabia.
A geração de hoje, webcinética, muitas vezes, mais por fora que umbigo de vedete, pegaria o bonde andando mil vezes, antes de dar com os burros n'água e perceber que o leite já está todo derramado.
Ao velho Villas, obrigado ! E pensar que te encontrei no meio do sertão baiano, bem no caminho de Navegantes. Que viagem !
Putz...como é mineiro viver !

Vamos em frente !

GM

Essa é a minha !

Ontem assisti ao jogo Brasil e Paraguai, pelas eliminatórias da próxima copa. Doeu mas valeu.
O time é fraco. Ganhamos o jogo, mas com esse time não ganharemos a copa. Falta entrosamento e condição física; ocorreram erros nos fundamentos mais básicos, como chutar e passar. Sobrou firula e fita. Faltou amor ao amarelo da camisa.
Sobraram amareladas no campo.
Meu filho assistia a peleja comigo e não entendia minha revolta:
- "Tadinhos", pai, eles estão todos cansados !
Pobre menino...não sabe o quão cansados ficaríamos só de contar as notas de R$ 100 que avolumam o salário daqueles, bem pagos, pernas-de-pau.
No campo, trabalhando, só vi Kaká e Juan. Os demais estavam se divertindo.
E quando o Robinho pegava na bola eu dizia: - Ah ! Se fosse fulano... (alusão clara a algum craque do passado)...Ah ! Se fosse beltrano...(outro craque, talvez hoje dono de bar ou restaurante).
Do alto da sabedoria sem pudores de seus oito anos, Víctor setenciou: - Mas qual é o time certo ?
Quisera eu saber. O que sei é o que eu, e toda a minha geração viu, nos campos ou nas reprises:
Para o gol, Gilmar (dos Santos Neves, hein?); na lateral direita Torres, pois eu não sou besta; a dupla de zaga é didática: Oscar e Luizinho; na lateral esquerda Nilton Santos, pois eu continuo não sendo besta; a meia-cancha (é, pergunta pro seu pai...) seria Falcão, Zico, Pelé e Rivelino; e, no ataque assassino, Garrincha e Ronaldo (o gordo).
Eu sei, eu sei...você provavelmente está sentindo a falta de outros tantos craques e fiteiros...mas, quem disse que essa é sua seleção ?

Essa é a minha !

Putz...como é Charles Miller viver !

Vamos em frente !

GM

domingo, 7 de junho de 2009

Discoteca básica 2

Promessa é dívida. Aqui vai a segunda dica para uma discoteca, no meu humilde entender, básica:
- The Genius of Ray Charles.
Saiu pela Atlantic em 1959. Ray Charles já era rei Charles.
Quer viajar ? Vá direto para a faixa 11 (Am I Blue). Um tributo a tudo aquilo que é belo e intenso. Como Ray.
Quer suavizar ? Então passe para a faixa 7 (Just for a Thrill), e suavize-se.
A capa mostra um Ray jovem ainda, sentado ao piano, com aqueles óculos escuros tão característicos; uma imagem meio de perfil, emcimada pelo título do disco em rosa e vermelho.
Esse eu recomendo buscar na web. Nas lojas eu não consegui, talvez por uma certa raridade da obra, ou, talvez, por uma certa preguiça minha.
O ótimo...foi que eu o encontrei !

Putz...como é genial viver !

Vamos em frente !

GM

Um clássico não se reduz.

Assisti Dr. Jivago mais uma vez. Acho que a primeira com o tempo, a calma e a atenção que este clássico merece.
De novo me emocionei. Nem tanto pelo contexto histórico da fita. E que contexto ! Que história ! Que fita !
Sequer pela analogia comparada, que poderíamos fazer ao nosso tempo: um partidão de esquerda, os anos de chumbo, ame-o ou deixe-o...lembra ?
Nada disso. A emoção veio quando me apaixonei, mais uma vez, pelos olhos de Julie Christie e pela doçura do Tema de Lara.
Chorei pela renúncia daquele homem, que viveu à margem de seu verdadeiro amor, flertando de longe, e apenas, com a felicidade.
Viveu aos pedaços, o pobre Jivago.
E que coragem da MGM...e que coragem de David Lean ! Depois de quatro revisões de orçamento, fechou o punho e seguiu seu rumo; diria ele anos mais tarde:
- Sou burro como um asno e teimoso como uma mula !
Mr. Lean, empresta-me um pouco da tua convicção e da tua burrice, pois hoje recebi a triste notícia de que vão relançar Jivago num formato mais comercial e...de 90 minutos(!).
Shariff e Chaplin me socorram...um clássico não se reduz !

Putz...como é cinemascópico viver !

Vamos em frente !

GM

Outras respostas...

Foi com alegria, que recolhi as palavras e a amizade de Marcelo, Kiko e Geraldo Claro.

Um Marcelo que de tão amigo, dá sempre um jeito de se fazer presente, como um irmão que vela o sono; um Kiko, que ilumina nossas caminhadas noturnas em Itu, com inteligência e propriedade invejáveis; e um Geraldo, claro, de saudosa presença ao violão e de gosto refinado na arte das letras.

Obrigado pelos comentários aqui postados !

Vamos em frente !

GM

sábado, 6 de junho de 2009

Discoteca básica

Foi lá na honesta e aconchegante panificadora Rebeca de Itu, tomando um cafezinho e olhando pra lugar nenhum, que Maurício me abordou sobre este tema inquietante.
Dizia que como eu ouvia muita música e tinha em casa um acervo razoável (mais para magro do que para gordo), tinha a obrigação de dar dicas básicas para uma boa discoteca.
Ah...amigo meu ! Olhei fundo em seus olhos fundos. Olhos que traziam as marcas de anos lutados. Algumas olheiras , que aqui e acolá, lhe denunciavam uma certa vocação boêmia .
Julgue quem quiser arriscar. Eu não arrisco um julgamento sobre a vida de um amigo. Prefiro abraçar.
Fui pra casa pensando na grata e difícil tarefa. Não sou crítico musical...apenas bebo da música. Mas também não sou de fugir de briga. Não senhor. Em todas as querengas da infância em que fui forçado a entrar, não arreguei antes do final...mesmo que estivesse apanhando.
Tomara que as notas e os compassos não batam muito em mim.
No meu humilde saber musical, uma discoteca básica deveria começar com um disco brasileiro e outro internacional. Aqui vão as dicas:
- Ouça Construção, do Chico; beba cada acorde da faixa título se deixando levar pela evolução do arranjo. Perceba como começa sutil, quase repetitivo, e finaliza alto, com vários elementos incorporados, metais, cordas e percussão. Chico é Chico.
É um disco ainda fácil de se encontrar, nas lojas ou na web e vale cada centavo dos vinte ou trinta Reais que vão te cobrar.
A letra é poesia concreta, não na escola, mas na mensagem. A vida de um calango que sonhou um dia com o sul maravilha e acabou na areia, na pedra e no cimento. É intenso, é muito Chico.
Da outra dica, hoje, só cito o nome: The Genius of Ray Charles. Um disco monumental. Épico e antológico...mas fica para outro dia, pra outras letras.

Agora uma garrafa de Pinot Noir me espera impaciente, enquanto a capa marron de Construção, com uma foto enigmática de um Chico de bigodes, sorri e me convida a mais uma audição.

Putz...como é sonoro viver !

Vamos em frente !

GM

sexta-feira, 5 de junho de 2009

BLOG DO GIBAITU - Música, Livros, Filmes e MAIS !: Um gentleman de chuteiras

BLOG DO GIBAITU - Música, Livros, Filmes e MAIS !: Um gentleman de chuteiras

Um gentleman de chuteiras


Incrível observar como o tempo não abala alguns dos valores mais sólidos da humanidade. Caráter ? Honestidade ? Sim, também, mas agora mesmo, me refiro a um dos valores máximos que nós, amantes do futebol, entendemos como fato: as coisas que acontecem no Maracanã.

E quem nunca foi ao Maracanã ? Somente lá, de casa cheia, com os anéis superiores vibrando, o eco das torcidas indo e vindo, a alegria incontida que rompe, sempre, forte num grito de...juiz ladrão! (Ok...também gritamos gol, golaço, na trave !! Uhhh...), mas juiz ladrão é mais divertido.

Um templo. De adoração ao nosso esporte maior e de lembranças, como esta, que o tempo não apaga:

Campeonato Carioca de 84 ou 85 (desculpem a memória senil).

Acompanhem os fatos:

1. Fla x Flu;
2. Fluminense 1 x 0;
3. 43 minutos do segundo tempo;
4. Falta próxima ao lado direito da área do Fluminense;
5. O competente goleiro Paulo, tem crise de raiva no momento em que o zagueiro, aqui anônimo , comete a infração;
6. Zico estava em campo.

Silêncio absoluto. Por intermináveis segundos o "Maraca" ficou em silêncio. Todos observavam o jeito com que ELE ajeitava a bola antes da cobrança. Intimidade pura. Só ELE e a bola.

Apenas silêncio.

Chico Buarque diria nessa hora.."um silêncio tão profundo daqueles do vizinho reclamar...", logo ele fiel tricolor. Logo ele, amigo do Sr. Monteiro.

Três, talvez quatro passos para trás. Lembro-me ainda de vê-lo apontar alguma coisa para Adílio, antes da cobrança. Falou algo de lado com o menino da Cruzada e sorriu suburbanamente.

Salve Quintino.

Bateu seco. Com efeito. Trajetória semi-elíptica. Sem força. Com respeito ao goleiro, a bola e a torcida. A menina entrou no último limite, do último milímetro, antes do ângulo superior esquerdo do pobre Paulo.

Inexplicável golaço.

A física se perderia em teoremas. Não se explica aquilo que faz um homem chorar. Também não se explica o que veio depois.

O estádio explodiu em gozo rubro-negro. Nunca na história da vida terrena se ouvira tanto amor assim.

Foi no dia em que descobri que era Zico, antes mesmo de ser Flamengo.

Depois do abraço dos companheiros, ELE foi sorrir junto aos geraldinos. Arquibaldos, como eu, de longe, morriam de inveja.

No lado oposto, a acadêmica torcida tricolor aplaudia. Zico acenou de longe, com respeito, sem zombarias. A torcida aceitou alegremente o aceno. Então, como mágica, um côro rubro-alvi-verde-negro se fez ouvir, num crescente oitavado:

- ZICO ! ZICO ! ZICO !

Um gentleman de chuteiras.

Putz, como é saudoso viver !

Vamos em frente !

GM

Mais respostas...

Esse vinho você encontra nas boas casas do ramo...agora, não vá stressar com isso, pois tem muito vinho bom e com ótimos preços em qualquer supermercado da sua vizinhança...eu mesmo bebo vinhos na faixa de R$ 20,00...mas não vá espalhar para todos por aí!!
Abraço, Pablo, até mais !

quinta-feira, 4 de junho de 2009

terça-feira, 2 de junho de 2009

Algumas respostas...

Obrigado pelos comentários que recebi esta semana. Abaixo envio respostas para algumas das questões levantadas:

1. Pinot Noir chileno:

Cláudia, existe sim. Eu, pessoalmente, gosto do Anakena Ona Pinot Noir 2007. Mas gosto é gosto...

2. DVD do show no Canecão:

Carol, esse show foi gravado para um especial da extinta TV Tupi do Rio, se não me engano de 77 ou 78 (eu tinha 10 anos...putz!). É provavel que haja cópia em DVD sim, mas eu nunca vi. Se achar me avise.

Abraço a todos e até sexta !

Vamos em frente !

GM