quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Discografia dos Beatles...quase lá !

Isso é quase um anúncio:

Para completar TODA a discografia oficial dos Beatles, agora só me falta o Capitol Albuns 1.

Se alguém tiver ou souber de quem tem e queira vender, por favor, mande notícias !

Obrigado !

GM

Raul de Sousa

Um achado.
De longe um dos maiores instrumentistas do mundo ! Sem exageros ufanistas.
Raul de Sousa, um trombonista, um arranjador e um inventor. Dono de um fraseado único, criou raridades e deixa como legado, além das composições, um instrumento por ele inventado, o sousabone (um trombone com uma vávula a mais, afinada em dó).
Carioca de Bangu, desde os 16 anos tocando em gafieiras. Ganhou o mundo. Gravou nos Estados Unidos e Europa e dividiu o palco com Sonny Rollins, George Duke e Chic Corea.
E lá estava eu à noite garimpando coisas boas numa "boa loja do ramo" quando belisquei um vinil do Raulzinho ainda LACRADO !

Isso mesmo ! O Disco era um regravação do disco "Imapcto 8" lançado pelo Raul em 1968. Nas minhas mãos estava a prensagem de 2002. Totalmente virgem ! Nunca vira agulha alguma !
Acelerei no limite da responsabilidade para chegar em casa e estrear o achado.
Eu não me lembrava como era límpido e puro o som de um vinil novo...agora recordei.
O disco é básico. Uma levada jazz-samba-funk que só quem sabe faz.

Ouvi até o vizinho reclamar.

GM

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Riva Rock Discos

"Sem compromisso com o sucesso, apenas com a música."
É esta frase que materializa o espírito que encontrei na loja do Riva, ilustre conhecedor do meio musical, que tem um belíssimo sebo em Campinas, no Centro, na esquina da Barreto Leme com Luzitana.
O acervo é de primeira grandeza. Do rock ao jazz você vai encontrar de tudo, passando pelo blues, pop, MPB e clássicos.
O cara é uma simpatia. Não atrapalha a tua compra, não fica em cima e ainda sugere ótimos discos.
O forte da loja é o vinil, mas tem também belas avenidas em CD´s e outras mídias.

Quem gostar da dica, confira.

Eu recomendo.

GM

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Sophia Loren, Vitorio De Sica e meu filho Víctor

Hoje assistimos, eu e Víctor, um clássico do cinema Italiano e mundial.
Ontem, Hoje e Amanhã. Com A bela Sophia Loren e o competente Marcello Mastroianni.
Mundial sim , pois foi com este filme que o mestre De Sica, arrebatou a estatueta de melhor filme estrangeiro de 1963. O primeiro de uma produção italiana com versão para o inglês.
Ontem, Hoje e Amanhã é a estória de três mulheres, Adelina, Ana e Mara que são vividas na tela pela deliciosa Sophia Loren, esbanjando talento, curvas, volumes e sensualidade.
Nápole, Milão e Roma como contexto de três personagens normais: a esposa com vida dura, a infiel milionária e a garota de programa estonteante. Somente a pena firme de De Sica e os argumentos de Eduardo De Fillipo, Alberto Morávia e Cesare Zavattini seriam capazes dessa poesia de alto nível.

O ponto mais inusitado do filme foi aqui em casa mesmo, na pequena e gigante Itu.
Como disse, assisiti ao filme com meu filho e, sem querer, meio que por obra do acaso, foi presenteado com o primeiro strip tease de sua vida.
Lógico. Tudo muito comportado. A deusa Sophia no final estava ainda de sutiã e calcinhas (aliás, calçolões), mas valeu a viagem.

Quem já foi ao banheiro do posto Graal de Barueri, aquele na volta de SP pela Castelo Branco sentido interior, certamente já reparou numa enorme foto da bela Loren em trajes mínimos e segurando na ponta dos dedos, algo como uma peça de espartilho...acho.
Esta foto é da cena de strip tease do filme, onde uma espetacular Sophia Loren faz babar um abestado Mastroianni. Sorte dele.

O primeiro show de desnudo feminino de meu filhão foi com muita classe...uma soberba mulher que certamente vai habitar o imaginário dele por alguns anos.

Sorte minha !

GM

domingo, 26 de setembro de 2010

A mulher e a TPM

Uma mulher atacada por uma crise de TPM é a prova mais inconteste, verdadeira e absoluta de que a tortura existe.

GM

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Graceland

Paul Simon não é o maior vendedor de discos do mundo. De fato não é.
Na lista da Bilboard, seu trabalho solo de maior destaque é Graceland, que vendeu mais de 15 milhões de discos e está em 124º lugar.
Longe da lenda Michael Jackson que na lista emplacou 03 trabalhos entre os 10 primeiros, somando a estúpida cifra de 183 milhões de discos, só com Thriller, Bad e Dangerous.
Durma com um barulho desses !
Paul Simon também não se compara a Roberto Carlos, em termos de números, que já vendeu 112 milhões de discos, mas Roberto não é muito normal não. Esse comparativo não serve pra nada. Parece coisa de consultor de empresas.

Mas o trabalho de Paul Simon não é exatamente para as massas. Não é exatamente comercial.
Intimista. Com um pé no jazz e outro no folk. Moderno a ponto de misturar axé brasileiro e vocais africanos em trabalhos semi-pop, Paul segue mais para Dolores Duran do que para Carmem Miranda.

O cara é bom. Já o conhecia desde os tempos do disco ao vivo gravado no show do Central Park (1978, acho) e também desde a trilha do filmaço "Graduate" (A 1ª Noite de um Homem) com Dustin Hoffman.
Aqui destaco o trabalho Graceland de 1986 que chegou às minhas mãos hoje no formato LP.

Uma resenha inovadora de batuques, arpejos, côros e cordas. Somente um Paul que já foi o Simon da dupla folk Simon & Garfunkel seria capaz de se reinventar e beber das almas brasileiras e africanas, para produzir uma obra-prima.

Recomendo.

GM

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Legião

Chegando de Brasília, eles vieram com um som muito cru e cheio de sintonia com o hoje.


Os acordes eram básicos e naturais. Os arranjos deixavam a desejar e a harmonização era desnecessária.


A Legião foi uma banda de movimentos poéticos e solitários. O rock brasileiro já tinha a consistência de um Barão Vermelho e as experiências de Vímana e Terço.


Faltava apenas identidade.



Com um som de garagem e pobre de recursos (pelo menos até o disco "O Descobrimento do Brasil"), Renato, Marcelo e Dado povoaram as noites e o imaginário de jovens new-wavers que balançavam muito a cabeça e ouviam muito pouca música.


Renato era a alma e a voz; Dado a estrutura e Bonfá os rascunhos.


De Legião I a "Quatro Estações" houve uma evolução musical grande e uma deterioração comportamental suja.


Paciência.



Recomendo "Perfeição" uma faixa-poema que precisava ser escrita.



GM

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Antes do meu remédio

Antes de ouvir Beatles eu não passava de um punhado de moléculas. Depois, me agrupei.
Antes de ouvir Little Feat eu era meio cego dos ouvidos. Depois, me completei.
Antes de ouvir Caetano eu era como um pequeno carrapato. Depois me ajustei.
Antes de ouvir Ray Charles eu era como um amorfo largado num canto qualquer. Depois, me estruturei.
Antes de ouvir Tim Maia eu era um incompleto viajante. Depois, me orientei.
Antes de ouvir Stones eu era uma pedra bruta juvenil. Depois, me arredondei.

Antes de ouvir Louis Armstrong era como se eu fosse um pobre diabo. Depois, me exorcizei.

Antes de ouvir Raul de Sousa eu era indiferente. Depois, me reparei.


Antes de ouvir Paul Simon eu era um errante caminhando. Depois, me aprumei.

Antes de ouvir Chico era como se eu fosse uma resma de folhas soltas. Depois, me encadernei.

Antes de ouvir Sinatra eu era tão pequeno. Depois, me agigantei.

Antes de ouvir Bob Dylan eu era um pequeno e massante burguês. Depois, me retoquei.

Antes de ouvir Tom Jobim eu era com uma poça fria na estrada. Depois, me enxuguei.

Antes de ouvir Julie London eu era um idiota egocêntrico. Depois, me apaixonei.

Antes de ouvir Djavan minha cabeça era de pedra. Depois, me arejei.

Antes de ouvir Stan Getz minhas mãos tremiam. Depois, me acalmei.

Antes de ouvir Doors minhas pernas eram curtas. Depois, me estiquei.

Antes de ouvir Marisa Monte eu era um pobre bitolado. Depois, me espalhei.


Antes de ouvir Nina Simone eu era uma pequena lesma febril. Depois, me superei.

Antes de ouvir Tony Bennet, Elis Regina, Aretha Franklin, Edu Lobo, Etta James, SuperTramp, Eric Clapton, Renaissance, Elvis, Luiz Gonzaga e Miles Davis eu não passava de um certo volume de pus, escárnio, fracasso, medo, covardia e egoísmo...depois, eu me curei.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

A santíssima trindade da política brasileira

Esse tema é complexo.
Pode ter muitas combinações. Verdade. Tudo se combina.
Hoje assisti ao Filme "Estômago", produção brasileira e italiana que teve marcante atuação do jovem ator João Miguel. O filme é soberbo. Uma ode a gastronomia e a vida atrás das grades.
Uma direção segura do cineasta Marcos Jorge, revela uma linguagem dura e poética, entre peitos e bundas. Mais peitos do que bundas.
Revela também a realidade e a dureza da vida de quem migra para uma metrópole, só com a coragem e a alma.

Vendo o filme aprendi muitas misturas novas.
Aprendi que a sobremesa Romeu & Julieta se torna Anita & Garibaldi, quando você troca o queijo Minas por gorgonzola.
Aprendi que angustura serve também para destilar um bom rabo-de-galo. Coisas da cadeia.
Tudo bem. Em política também se mistura.
A mistura mais atual é também a mais ridícula. Revela a santíssima trindade da política brasileira.
O ex-boxer Maguila, faz às vezes de chocolate. O palhaço Tiririca seria o caju, um tanto quanto azedado e a Mulher-Pêra, por favor não ria, seria a fruta da estação.
Vejamos então, chocolate + caju + fruta-da-vez = Brasil, aquele que Charles de Gaulle disse que não era sério, 50 anos atrás.

Maguila, Tiririca e Mulher-Pêra...socorro !!! Socorro !!! Socorro !!!

Prefiro a Maria-Louca !

Coisas da cadeia...

GM

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Um fim-de-semana perfeito no Rio

Começa com um chopp descontraído, sexta à noite, num boteco qualquer do baixo Tijuca; depois vira-se à direita com destino ao gigante Mário Filho, e lá deixa-se a emoção tomar conta das lembranças dos gols inesquecíveis de seu time.
Segue-se em frente rumo ao Mirante do Leblon. Lá, com a descontração necessária que uma porção de pescada frita pede, deixe-se levar nas ondas de uma cerveja bem gelada e do barulhinho bom do quebra-mar.
Continue. Visite amigos e faça um bom churrasco, mas não se esqueça de que a noite do Rio pertence a Lapa, e lá tudo é quarenta graus.

Se tiver fôlego, na manhã seguinte vá a trilha Cláudio Coutinho, volte a ser criança no convívio de macaquinhos e cardeais e descubra amoras pelo caminho.
Com tranquilidade vá até o Leblon, pare no posto 9 e coma uma porçãozinha de camarão assado no quiosque do Cyrillo. Ele vai estar de bom humor. O camarão também.
Quando o cansaço bater, se bater, siga destino rumo ao forte Copacabana. Lá, beba devagarinho um expresso justo na Confeitaria Colombo e se encante com a vista incrível da enseada de Copacabana, com seus contrastes sociais.
Se chover vá ao shopping Leblon, a feijoada do Botequim Informal é carioca, e da gema.
Se não chover delire, o Rio é todo seu.
Quando a fome apertar o Porcão te recebe e te abraça com o Pão de Açúcar e a Bahia de Guanabara ao redor.
E se você for de samba, o Barril 8000 da Barra te convida a um partido certeiro com Arlindo Cruz. A música é de primeira, o ambiente fica pra depois.
Acorde com sono. Tome um bom café e volte pra São Paulo, de olho no calendário e fazendo planos pra quando voltar.
O Rio é assim, quem prova volta.

GM