quarta-feira, 31 de outubro de 2012

A frase que encerra o mês...

Do fundo do meu coração, com toda a verdade das minhas células e sem uma única miserável gota de remorso, digo e repito enquanto houver e couber ar nos meus pulmões:

Que caiam todos os raios e abalos elétricos no congresso nacional !

Que todos os elefantes de Aníbal pisoteiem os congressistas !

Que toda chama purificadora que arder em Nero carbonize deputados e senadores corruptos !

E que, com muita sinceridade e fé, possam todos, de uma única vez, ir para os quintos dos infernos !!!!

Odeio político corrupto !

GM

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Vai Passar, graças à Deus !

Pragas recorrentes.

Pestes que ocorrem no mundo todo e também aqui, em Pindorama.

Eu me lembro de  várias delas.

Que tal começarmos com o "Harmony Cats", quinteto vocal fundado em 1976, liderado por Maria Mália Manso e que era especializado em gravar versões em inglês dos sucessos brazucas da época.

Esta corruptela musical daria origem a alguns descendentes posudos, como "A Patotinha" de 1979, grupo vocal infantil que gravou pela RCA e fazia apresentações de patins.  A atual apresentadora Eliana, foi integrante do grupo, que misturava mímica com música.

Às vezes mais mímica do que música.

Nesta mesma esteira enferrujada desfilaram ainda algumas criaturas estranhas, como o "Trio Los Angeles", formado por um cantor (?) e duas bailarinas e que gravou até 2006 (!!!); o "Genghis Khan", grupo de canto e dança, fundado por um argentino (seria, Jorge Danel ?) e que ainda não se sabe exatamente o que cantava ou o que dançava.

Entre outros, segue o féretro.

Num repente, doído, mas ainda um repente, desembarcam no Brasil e no mundo algumas criaturinhas porto-riquenhas pulantes chamadas de "Menudos". 

Jesus !!!

E junto vieram "Polegar", "Dominó" e "Tremendo".  Dois brazucas e um argentino.

E quando estávamos a beira de um ataque de nervos, entrando em fosso abissal, surgem, de uma só vez, o  "The New Kids On The Block" cantando  "...step by step...uhhhh baby..."  e o "New Edition", cantando "Candy Girl".

Desconjuro, pé-de-pato, mangalô....três vezes !!!

Se na época eu tivesse idade, teria esgotado a quota de Lexotan com whisky paraguaio de todo o mundo.  Era muita dor de cabeça e nenhuma música que valesse algo !

O tempo passou, mas eis que hoje na calada do dia, aparece do alto dos cárpatos um novo epitáfio para a música, atendendo pelo nome de "One Direction".

Cinco criaturinhas sem talento e com muita produção.  Uma mistura de "Patotinhas" com "New Kids On The Block", fazendo uma música "pra'tontinhos" ouvirem.

Um atrevimento bossal que a mídia vai se encarregar de fazer a devida e correta autofagia.

Sim,vai passar, graças à Deus !

GM

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Por que o maguebeat não floresceu



Chico Science era maior do que o movimento.

Quando Marcelo D2 resolveu voltar ao Hemp, justamente num show em Recife, não estava de olho no movimento natimorto do manguebeat.

Estava de olho no cachê, assim como eu estaria.

O manguebeat tinha algo de incomum, a mais mesmo, do que uma simples batida tecno.

Tinha sanfona, triangulo e zabumba.  Tinha chocalho, alparcata e parrachachá.  Mesmo que seus integrantes não soubessem disso.

Lenine sabe.  Pergunte a ele.

A partida repentina de Chicão não selou o movimento, por que, como tal, ele nunca existiu.

Mas, quanto a  sanfona, ao triangulo e à zabumba, estes continuam bem, obrigado, graças a ninguém mais.

Pergunte ao Gonzaga, ele sabe.

GM

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Quando temos a certeza de que a música foi feita para se ouvir...apenas para se ouvir !


Hoje ouvi um funk carioca e detestei muitíssimo.

E olha que não estou aqui negando minhas origens fluminenses. 

Como carioca que sou, ouvi muito funk em minha adolescência, nas batidas da "Furacão 2000" de Messiê Limá, o DJ da época (o termo MC ainda não havia sido cunhado naquela época).

As pistas do TCM de Mesquita, e as vezes, do Ideal de Olinda ou do Nilopolitano, testemunharam muita rebolada funkeira de minha parte.

Isto, nos idos de 1985 e 1986.  Um tempo que ficou pra trás junto com aquele funk romantizado.

Era uma música interessante.  Mix de James Brown com Afrika Bambaataa.  Kool and the Gang com Earth, Wind and Fire.  Uma música extremamente dançante e animada.

Era o que se chamava funk, naqueles tempos.

Mas, hoje, ouvi um funk carioca. 

Imediatamente senti náusea pela letra.  Raiva pela batida.  Desprezo pelo intérprete (?) e tristeza pelo que fizeram com o funk.

Esse movimento, dito funkeiro, começou com as festas juninas de rua da baixada fluminense, se espalhou pelas comunidades e alcançou as pistas de dança de alguns endereços chics.

Nada contra.  Mas nada à favor também.

Esta pequena amostra funkeira de hoje, me fez ter a certeza de que a boa música precisa ser mais acessível, menos idílica e que os nossos ouvidos precisam de mais respeito.

Música é para se ouvir !

GM

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Mais de mil tons, nas Gerais !

Não sei se foi uma grande coincidência, talvez.

Em BH, respirando ares mineiros e comendo pão de queijo, já na saída do hotel para mais um dia de trabalho, ouvi ao longe melodia conhecida.

Era "Maria, Maria" na voz de Milton Nascimento.

Na hora do almoço, em boa compania de prato e de gente, numa conversa tranquila, ouvimos ao lado outra canção conhecida.

Era "Cais", na voz do mesmo homem.

Então à noite, tonto de cansaço, subi ao quarto para mais uma noite de cama dura.  Para minha não surpresa, no alto falante do elevador, pude ouvir um boa noite suave: era "João e Maria", na mesma voz negra e bela.

Não é à toa e nem repente, mas olhando a liga das primeiras sílabas do nome de Milton Nascimento vejo a tradução de Mi...Nas.

Talvez seja coincidência, talvez não.

GM

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

O resultado da soma:155 anos de boa música ! Todas juntas e misturadas !

Juro que eu não consegui pensar num título melhor para este post.

Acredite.  Esta foi a melhor opção.

Pensei e repensei tanto, que achei melhor publicar com este título mesmo.  Caso contrário, com um pouco mais de preguiça, o título poderia ser:

Quando "Love Me Do" faz 50 anos, é sinal de que "Kool and the Gang" também o faz.  Quando  "Everybody" faz 30 anos, é sinal de que o "Cabeça Dinossauro", completou 25. 

Eu sei.  Ridículo.

Por isso optei pela charada matemática, tão ridícula quanto, mas ainda matemática.

155 anos é a soma perfeita !  Não é nenhum googleplex, mas ainda sim é um belo número.

Primeiro, "Love Me Do", que fez 50 anos de gravação na semana passada.  O primeiro single e primeiro hit (na verdade, hit 17) da maior banda de música popular de todos os tempos.

Gravada com Andy White (aquele que foi, sem nunca ter sido) na bateria e acompanhada por Ringo Starr na percussão.  Composição do jovem Paul de 16 anos que foi arranjada por John e por George Martin.

Linda !

Depois, "Kool and the Gang".  Banda de R & B, funk, jazz e fusion criada em 1962 pelo baixista Robert "Kool" Bell, mas que começou a fazer sucesso mesmo a partir de 1964.

Um som da pesada. Dançante.  Vibrante.  De alta qualidade instrumental e vocal.  Se você gosta do gênio Tim Maia, deveria ouvir "Kool and the Gang".  Pelo menos uma vez.

Únicos.

Caminhando um pouco mais encontramos uma loura, falsa, magrela, linda e talentosa cantora de nome italiano: Madonna.

Ela estaria provavelmente tentando convencer algum DJ de NY a tocar sua demo de "Everybody".  Insistindo muito e talvez até fazendo alguns favores rápidos e fora de hora.

Tudo pela música !

O esforço valeu à pena.  "Everybody"  se tornou um hit instantâneo em 1982 e Madonna se tornou o que é.

Ainda que eu nunca tenha escutado um único disco inteiro dela.

Necessária !

E finalmente o melhor.  O melhor e mais esteta disco de pop-rock já lançado e ouvido na América Latina, que Santana me perdoe.

"Cabeça Dinossauro" é muito, muito mais do que o encontro dos "Titãs" com a sua própria verdade.  "Cabeça Dinossauro" é a libertação sonora e audível da história recente do rock mundial.

Habemus brasilis.

Titanicos !

Ouça tudo de uma vez !  O que não mata, engorda !

GM










quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Eis que James Bond faz 50 anos !


Assistir a um filme do agente 007, aquele que tem permissão para matar, era (e ainda é) um acontecimento.

Não importava se era um filme em reprise, na TV.  Não importava se era um lançamento imponente no Odeon da Cinelândia.

Assistir a um filme de James Bond era uma atividade que requeria toda uma preparação.  Sempre havia muita ansiedade e expectativa.

E não podia ser diferente !

Os filmes sempre eram perfeitos.  Cheios de cenas de ação, tecnologia, suspense, intriga.  Os roteiros eram sempre ligeiros.  A linguagem e a estética sempre acessível.

Isso para não falar das trilhas sonoras.  Verdadeiros espetáculos musicais com arranjos primorosos e grandes nomes do pop.

E além disso tudo...as Bondgirls!   Ah !  As Bondgirls...

Quem nunca sonhou com uma Ursula Andrews ?  Quem nunca desejou ter uma Jill St. John na cama ?  Quem nunca quis tomar uma ducha quente com uma Carole Bouquet ? 

Ou quem nunca imaginou nuazinha em pelo uma Diana Rigg ?

E quem nunca quis beijar até sufocar uma Jane Seymour ?  Ou abraçar até apertar uma Barbara Bach ? 

Ou mesmo fazer um cafuné numa Eva Green ?

A lista é longa.  Longa e deliciosa.

Desde 1962 ("007 Contra o Satânico Dr. No") que as Bongirls povoam o inconsciente coletivo de homens que, como eu, não tinham nada mais importante para fazer além de ficar babando à beleza dessas jovens atrizes e invejando a sorte de caras como Sean Connery e Roger Moore.

Um empreguinho desses eu não consigo !

GM



terça-feira, 2 de outubro de 2012

Apenas outra constatação

A corrupção no Brasil funciona como sistema hidráulico de toda uma estrutura devidamente amarrada e emaranhada.

Ela lubrifica e protege suas engrenagens.

Sem ela a máquina para.

Triste e verdadeiro, como nosso país.

GM