quarta-feira, 26 de junho de 2013

O que aprendemos com a Passeata dos Cem Mil ?


Hoje não é o dia 26 de junho do ano de 1968, mas bem que poderia ser.

Nosso país não está em guerra, mas bem que poderia estar.  Numa guerra institucional e pelo retorno da democracia efetiva.  Numa guerra ideológica, contra a ditadura da corrupção e contra o descaso impune.

Não estamos reunidos junto a secular igreja da Candelária, no centro histórico do Rio e nem caminhamos de braços dados, desde a Cinelândia até o Paço, na companhia de todos os que, naquela época, ousavam exercer alguma cidadania.

Gente comum, como qualquer gente.  Estudantes, profissionais, músicos, cineastas, professores, escritores e jornalistas.  Gente que tinha coragem ou que simplesmente ignorava o cerco de fardas.

Nossas caminhadas de hoje, apesar de iguais,  são diferentes daquela passeata histórica de 45 anos atrás.

Naqueles tempos, haveria ainda muito o que caminhar, não fosse pela força da ação repressora.  Nos tempos de hoje, ainda há muito o que organizar, falar e ouvir, em termos de definir claramente o que se demanda, e como atingir a mudança.  Há espaço de sobra, o mesmo espaço que não havia 45 anos atrás.

O mundo mudou, desde a passeata dos cem mil. Hoje, nossos dias não são românticos como os dias de 1968. 

Os Beatles se separaram.  O Funk calou a bossa.  Pelé não faz mais gols.  Drummond se desfez em poesia, enquanto Chico, Caetano, Tom, Elis, Gil, Gilberto, Toquinho e Vinícius se apertam em prateleiras de espaços cada vez menos visitados.

2013 é um lugar mais frio, mais feio, mais tecnológico, mais urbano, mais rápido, maior, mais largo e mais conectado.  E graças a isso mesmo, marcharam em 2013, não cem mil, mas sim, mais de um milhão de vozes.

E graças a esta solidão de 2013, tão peculiar aos jovens, e por eles tão compartilhada e tão dividida, é  que se foi possível derrubar uma PEC, revogar atos administrativos e colocar a pauta das ruas na ordem do dia, lá em Brasília.

Hoje, onde falta organização, sobra energia, juventude e indignação.  Talvez por isso mesmo podemos comemorar algumas vitórias iniciais. E com certeza, por isso mesmo, há de se cuidar para não perder o foco da caminhada.

Aquele que caminha sem rota definida se perde em muitas possibilidades.

E se assim for, talvez, daqui a 45 anos, num mundo ainda mais asséptico, ligeiro e distante, meu neto estará lendo alguns bites sobre estas manifestações do "Basta, Brasil !" de 2013.  Provavelmente irá  perguntar ao meu filho, o que foram estes dias de luta e o que foi, de verdade, o  junho de 2013.

Assim como eu gostaria de ter perguntado ao meu pai, sobre o junho de 1968.

Improvável saber o conteúdo desta conversa, como  incerto é imaginar o futuro que nos está reservado, se as mudanças de hoje não forem sérias, organizadas, documentadas, publicadas, acompanhadas e cobradas por todos nós.

Sem organização e direção, haverá uma grande reversão política, orquestrada pela bela e sedutora força do discurso e manipulada pela mídia, com o apoio das verbas de gabinete. 

Neste cenário, teremos então que, de novo, voltar a junho de 1968, e de novo marchar pela Cinelândia, pela Paulista, pela Glicério e por onde houver espaço para recomeçar, pois na pressa do jovem que realiza, teríamos criado um novo fundamento, esquecendo de erguer seus próprios pilares de sustentação.

Há  de se cuidar quanto a isso.

GM

terça-feira, 25 de junho de 2013

Frase

A pior forma de ignorância é a relevante, recorrente e consciente opção do não ver, do não saber e do não fazer.  É só disso que o ser humano precisa, para ser manipulado.

GM

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Helter Skelter e Ob-La-Di, Ob-La-Da


O Álbum Branco dos Beatles foi gravado e lançado quase 44 anos atrás.

Sou apenas dois meses mais velho.  O disco foi parido em nov/68 e eu, em set/68.  No Rio, em casa, tínhamos um original do disco.  Um disco duplo, original, com o encarte gigante e com as lendárias fotos individuais em preto e branco.

Sabíamos que era um original por duas razões simples: o disco fôra comprado por Arlindo, nosso tio, radicalmente contra falsidades e, por que tinha no canto inferior direito da capa, a numeração de série original da gravadora.

Além disso, meu irmão fez a gentileza de assinar seu próprio apelido, à caneta, no canto superior esquerdo do disco.  Assim, o disco ficou duplamente autenticado !  Valeu, Roberto !

Por um ato benevolente de Arlindo, ganhei de presente toda a sua rara discoteca (LP's, obviamente) e, por sorte, o Álbum Branco veio com o acervo, do Rio direto para Itu, muito bem conservado.

Está comigo, bem guardado e bem escutado, sempre.  Um disco 44 anos à frente de seu tempo.

Nesta última audição pude entender melhor por que este disco é tão moderno e tão atual.  Ouvi, bem acompanhado por um malbec, com muito mais atenção e carinho, às faixas Helter Skelter e Ob-La-Di, Ob-La-Da, duas das mais emblemáticas canções daquele disco.

Apesar do clima tenso, das brigas no estúdio e de Yoko Ono enchendo a paciência de todos com seu falso-intelectualismo, o disco saiu perfeito e essas duas faixas mais ainda.

Helter Skelter foi a primeira música composta e gravada como heavy metal.  Ela inaugurou o gênero.  Na época poucos a entenderam.  Era bastante barulho e uma linha melódica escondida em camadas, sobrepostas, de muita energia musical barulhenta.

Alguns críticos a chamaram de proto-metal ou proto-heavy, seja lá o que isso queira dizer.  O fato é que toda a turma de metaleiros que veio a seguir, bebeu dessa fonte e muito.

 Em Ob-La-Di, Ob-La-Da podemos ver mais uma vez o gênio criativo de Paul em ação.  Um reggae misturado a um piano de influência Dixie, quase um ragtime, que homenageava a invasão jamaicana na Inglaterra, ocorrida em meados dos anos 60.

A porção imensa de genialidade que Paul carregava, só era comparada ao seu perfeccionismo e a sua chatice. 

Essa música foi repetida em estúdio 61 vezes antes de se chegar a versão definitiva.  Os outros membros da banda quase bateram em Paul e quase abandonaram a gravação.

Paul, no estúdio, era um chato de galocha.

Diz a lenda, que a frase Ob-La-Di, Ob-La-Da significa "...a vida continua, irmão..." em ioruba. 

Diz a mesma lenda que o nigeriano Jimmy Scott  usava esta frase nos pub's de Londres, para saudar os amigos.

Não houve plágio, mas a verdade pertence a quem ouve a música, não a quem a escreve.

E este Álbum Branco original, de 44 anos, como eu, agora pertence a mim.  A  mim e aos meus irmãos e amigos, que felizmente o dividem comigo, entre rodadas de um bom tinto e muita boa conversa.

É claro que ninguém encosta no disco, só eu e mais ninguém, o espeta na pick up. 

É terminantemente proibido, a qualquer cidadão deste mundo, encostar suas digitais naquele vinil.

A casa cai, feio !

GM

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Para entender, ou não

Quando Tom Jobim recebeu o convite (que Henry Mancini aceitou) para compor a trilha sonora do filme original "A Pantera Cor-de-Rosa", recusou, gentilmente, com um sorriso de pauta, no canto da boca, dizendo:

- "...melhor não, tenho medo de que eles me ouçam...".

O universo de Tom era um Brasil de verdade, não o outro.

Relaxa, o entendimento não é nada além de uma falha genética em nosso sistema de percepção das coisas.

A compreensão é anaerobiose pura.  Você não a alcança, ela é que te acha.

GM

quinta-feira, 13 de junho de 2013

1984, de George Orwell, em 2013


Quando assisti a uma reportagem na TV sobre o livro "1984", de George Orwell, confesso que não tinha a maturidade necessária para entender.

Naquela época, meados dos anos 1980, Orwell (seu livro e o consequente filme) eram um completo mistério à minha geração pop.  Nossa turma bebia de águas muito mais rasas e se permitia, no máximo, a ler as linhas divertidas que Orwell verteu na "Revolução dos Bichos".

"1984" era, de longe, um assunto pouco interessante.

Mas o tempo é senhor de todos os caminhos e, como sempre o faz, seguiu em frente.  Muitos anos depois ganhei de presente de aniversário um belo exemplar de "1984".  O livro teve que ser paciente comigo.  Aguardou na estante durante todo o tempo que durou minha fase de biografias e de livros de música pop.

Aguardou e soube esperar sua vez.

Quando de fato comecei a leitura, pude lembrar da reportagem de anos antes, cujo repórter abria, lendo o trecho inicial do livro: "...Era um dia claro e frio de abril e os relógios marcavam uma da tarde...".  E depois começava sua crítica, dizendo: "...Assim começa um dos mais tristes e tenebrosos livros escritos nos últimos anos...".

Não estou seguro se a fala do repórter era essa mesma.  Também não me lembro seu nome, um global ainda hoje em atividade.   Mas receio que ele tenha acertado em cheio na mensagem.

"1984" é um livro único.  Pode gerar, naquele que o lê, vários tipos de reação.  Medo, revolta, incredulidade, nojo, asco, raiva, tristeza e sentimento de impotência.  Essas reações são produzidas não pelo conteúdo, inócuo, do livro, mas sim pela certeza de que suas linhas não são mera ficção.

Principalmente, quando comparamos o livro à nossa realidade.  O estado controla tudo.  O estado vê tudo.  O estado é tudo.

A escravidão intelectual (e ideológica) se torna mais sentida e agressiva do que a escravidão física do cidadão.  O Grande Irmão (Big Brother) tudo vê, tudo sabe e tudo quer.

No livro, o passado é reescrito várias vezes, para melhor manipular a massa, que sabe disso e o aceita com passividade.  Cada indivíduo deixa de sê-lo, à medida que, por força do medo, se deixa engrenar numa estrutura tão grande e perene, que não pode sequer ser questionada.

O presente é o exercício da agonia ideológica e o futuro, um mero detalhe.

O livro é triste, sim, mas é um aviso também.  Olhe ao redor e veja se o estado tem a dimensão que deveria e se os meios de comunicação estão sendo usados para, de fato, comunicar, ao invés de manipular.

O conceito de Big Brother foi imbecilmente colado a um programa de TV que ajuda justamente a mimetizar este processo.  Levando conteúdo imbecil, parra mentes imbecis que se deixam imbecilizar ainda mais.

Isso sim, é triste.

Hoje, 2013, a intimidade de muitas pessoas já é vasculhada, investigada e detalhada em nome de um bem maior (a segurança), através da tecnologia que serve, ao mesmo tempo, de analgesia e de conteúdo.

Resta entender que bem maior é este e a quem ele beneficia.  Resta entender qual será o próximo passo, na devassa da individualidade e na construção de uma grande massa disforme, manipulável e moldável, na fôrma do interesse de alguém.

Nada é gratuito. 

Toda essa neuro-estrutura que está aí, com trilhões de conexões e trilhões de bilhões de possibilidades, faz parte de uma arquitetura maior, com objetivos maiores.

Talvez a matriz já exista. 

Talvez já saibamos disso.  Tudo ficará como como está e com a nossa aprovação servil, afinal, pensar e racionalizar são atos cada vez mais distantes e cada vez mais ausentes.

GM

segunda-feira, 10 de junho de 2013

O mundo sem alho seria muito chato...

Eu digo, a quem puder ouvir, que o mundo sem alho, seria, deveras, muito chato.
 
O mundo sem alho e cebola, seria, de fato, muito chato.  O mundo sem alho, sem cebola e sem azeite, seria, certamente, muito chato.  O mundo sem alho, sem cebola, sem azeite e  sem vinho tinto, seria, precisamente, muito chato.  O mundo sem alho, sem cebola, sem azeite, sem vinho tinto e sem nozes, seria, plenamente, muito chato.  O mundo sem alho, sem cebola, sem azeite, sem vinho tinto, sem nozes e sem livros, seria, indubitavelmente, muito chato.  O mundo sem alho, sem cebola, sem azeite, sem vinho tinto, sem nozes, sem livros e sem música seria, verdadeiramente, muito chato.  O mundo sem alho, sem cebola, sem azeite, sem vinho tinto, sem nozes, sem livros, sem música e sem cinema, seria, tragicamente, muito chato.  O mundo sem alho, sem cebola, sem azeite, sem vinho tinto, sem nozes, sem livros, sem música, sem cinema e sem matemática, seria, dramaticamente, muito chato.  Um mundo sem alho, sem cebola, sem azeite, sem vinho tinto, sem nozes, sem livros, sem música, sem cinema, sem matemática e sem feriado, seria, tediosamente, muito chato.   O mundo sem alho, sem cebola, sem azeite, sem vinho tinto, sem nozes, sem livros, sem música, sem cinema, sem matemática, sem feriado e sem minha mulher, seria, abissalmente, muito chato.  O mundo sem alho, sem cebola, sem azeite, sem vinho tinto, sem nozes, sem livros, sem música, sem cinema, sem matemática, sem feriado, sem minha mulher e sem meu filho, seria, incorrigivelmente, muito chato.  O mundo sem alho, sem cebola, sem azeite, sem vinho tinto, sem nozes, sem livros, sem música, sem cinema, sem matemática, sem feriado, sem minha mulher, sem meu filho e sem minha família, seria, possivelmente, muito chato.  O mundo  sem alho, sem cebola, sem azeite, sem vinho tinto, sem nozes, sem livros, sem música, sem cinema, sem matemática, sem feriado, sem minha mulher, sem meu filho, sem minha família e sem meus amigos, seria, desastrosamente, muito chato.  O mundo  sem alho, sem cebola, sem azeite, sem vinho tinto, sem nozes, sem livros, sem música, sem cinema, sem matemática, sem feriado, sem minha mulher, sem meu filho e sem minha família, seria, passivamente, muito chato.  O mundo  sem alho, sem cebola, sem azeite, sem vinho tinto, sem nozes, sem livros, sem música, sem cinema, sem matemática, sem feriado, sem minha mulher e sem meu filho, seria dolorosamente, muito chato.  O mundo  sem alho, sem cebola, sem azeite, sem vinho tinto, sem nozes, sem livros, sem música, sem cinema, sem matemática, sem feriado e sem minha mulher, seria, contemplativamente, muito chato. O mundo  sem alho, sem cebola, sem azeite, sem vinho tinto, sem nozes, sem livros, sem música, sem cinema, sem matemática e sem feriado, seria, exaustivamente, muito chato.    O mundo  sem alho, sem cebola, sem azeite, sem vinho tinto, sem nozes, sem livros, sem música, sem cinema e sem matemática, seria, imprecisamente, muito chato.  O mundo  sem alho, sem cebola, sem azeite, sem vinho tinto, sem nozes, sem livros, sem música e sem cinema, seria, tristemente, muito chato.  O mundo  sem alho, sem cebola, sem azeite, sem vinho tinto, sem nozes, sem livros e sem música, seria, insonemente, muito chato. O mundo  sem alho, sem cebola, sem azeite, sem vinho tinto, sem nozes e sem livros, seria, inutilmente, muito chato.  O mundo  sem alho, sem cebola, sem azeite, sem vinho tinto e sem nozes, seria, sensorialmente , muito chato.  O mundo  sem alho, sem cebola, sem azeite e sem vinho tinto, seria, sobriamente, muito chato.  O mundo  sem alho, sem cebola e sem azeite, seria, decididamente, muito chato.  O mundo  sem alho e sem cebola, seria, ruminantemente, muito chato.
 
É por isso que eu digo, àqueles que ouvem, que o mundo sem alho seria, pateticamente, muito chato.
 
GM

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Secos e Molhados, 40 anos depois


A década de 1970 foi fértil em termos de produção musical.

A marola psicodélica e esfumacenta dos anos 1960 tinha ficado para trás e a cena musical ganhava ares de profissionalização e massificação.

O fenômeno pop star foi inventado e, com ele, grandes shows, turnês gigantescas, muito barulho indigno e muita coisa boa, veio também.

Especialmente o ano de 1973 foi diferenciado em termos de bons discos lançados. Pink Floyd lançou o block buster "The Dark Side of The Moon", Edu Lobo lançou o sofisticado "Edu Lobo - Missa Breve", Paul McCartney (com os Wings) lançou o incrível "Band on the Run" e, só para encerrar esta parte de citações, Lynyrd Skyrnyd lançou o seu álbum, impronunciável.

E isto é apenas uma amostra preguiçosa do que foi o ano de 1973, em termos de produção musical. 

E lá se foram 40 anos !!

Foi neste contexto que surgiu aqui em Pindorama uma banda (se é que podemos chamá-los assim) diferenciada e com um disco extremamente criativo.  Nascia o "Secos e Molhados", via disco homônimo, com uma sonoridade linda, moderna e uma poesia impressa no DNA de seus integrantes.

Eram músicos interessados em fazer música e em reviver poesia.  Eram profissionais de muito talento e profundidade musical.

Ney Matogrosso, um monstro nos vocais.  João Ricardo com uma técnica apurada no  violão de 12 cordas e harmônica.  Gerson Conrad com uma simplicidade e uma economia precisa ao violão.  Marcelo Frias e sua bateria jazzística.

Além da base regular, o grupo contou com a contribuição de muita qualidade de feras como Sergio Rosadas (flauta), Zé Rodrix (piano e acordeão) e Willi Verdaguer (contrabaixo).

O resultado foi um disco único, cheio de estilo, com arranjos primorosos e que parecia estar 40 anos à frente de seu tempo.

Como se tivesse sido lançado em 2013, ou algo assim !

Recomendo.

GM


terça-feira, 4 de junho de 2013

Do vinho tinto ao frio, com direito a Huxley para acompanhar



"Às Portas da Percepção".

Livro do visionário Aldous Huxley, que descrevia sua primeira viagem santa à base de mescalina.

Anos mais tarde, esta mesma viagem serviria de inspiração para uma trupe de doidões batizar a própria banda de rock.

Nasciam, então, os indomáveis, ou quase, The Doors.

Não me interesso por mescalina.  E nem por qualquer outro tipo de droga, seja química, natural, vegetal, sintética, fumável, cheirável ou injetável.

Minhas viagens cotidianas se limitam ao pouco do que posso beber e ao muito do que posso ler.

E nesses dias tão londrinos, de um inverno quase ceuta, me permito exercitar a deliciosa dependência calculada que permito a Baco exercer sobre mim. 

Eu bebo (vinho tinto)  sim, e estou vivendo !

O fruto santo vem de uma trepadeira da família das vitáceas que pode se chamar, dependendo da região, de videira, parreira ou vinha.  O nome não foi escolhido ao aleato. 

Videira é a árvore da vida !

Quem bebe vinho tinto, um pouquinho a cada dia, moderada e lentamente, vive mais.  Mais feliz, mais sorridente, mais leve e mais relaxado.

Os benefícios do resveratrol à saúde são muitos, todos conhecidos e catalogados pela ciência.  Não vou aqui me deter a eles e ao óbvio.  Há até quem não acredite em resveratrol ou seus benefícios, mas que este sabe  muito bem que o dito existe...ah sabe !  E disso não o duvida, pois dito que o bebe !

E me permita aqui bater forte naquele que esnoba no rótulo mais caro !  Bom vinho é aquele que lhe faz bem, à boca e ao bolso.   Eu mesmo bebo tintos de no máximo R$ 49,00 a garrafa.

Hoje, a quantidade de tintos com muita qualidade que custam qualquer coisa abaixo de R$ 30,00 é muito grande.  Está tudo muito acessível.

É como se o próprio Dionísio caminhasse entre nós, plebeus e mortais, apontando o caminho das prateleiras mais democráticas e distintas.

Esnobar pra que ?

Então, enquanto houver frio, haverá vinho tinto e enquanto houver vinho tinto, mesmo sem frio, haverá um sorriso a mais, um encontro a mais e amarguras a menos !

Matemática perfeita, diria Arquimedes !

Saúde aos amigos, digo eu !

GM