quarta-feira, 7 de março de 2012

Brothers in Arms, do Dire Straits


Alguns discos marcam profundamente o DNA de uma banda, ou de um artista.

Dizem até que certas bandas ou artistas são "estrelas de um disco só" e que ficam estigmatizados por este trabalho.  Por mais competente que seja.  Por mais comercial que seja.

Falam por aí que a sede e a ganância da indústria da música, e também de alguns artistas, levam à produção de discos pequenos, que acabam rotulando o criador.

Neste sentido, me parece que Robertinho de Recife (um dos maiores guitarristas que o Brasil já teve), ficou amarrado ao disco "Satisfação". 

Também pode ser correto dizer que a banda The Police, quase se escravizou em "Ghost in the Machine".  E não seria exagero afirmar que Biquini Cavadão, tenha se resumido, finitamente, ao disco "Tédio".

Poderia também apedrejar um pouquinho nomes como Simple Minds ("Live"), Os Novos Baianos ("Acabou Chorare") e Light House Family ("Duets"), todos retidos dentro dos próprios trabalhos...mas jamais falaria algo assim do Dire Straits.

A banda do monstro e guitarrista Mark Knopfler foi muito mais do que o disco "Brothers in Arms".

E se restar alguma dúvida, que possamos todos ouvir juntos o álbum "Alchemy", gravado ao vivo nos fins dos anos 70 e início dos 80.

Eles são, foram e serão grandes músicos.  Mark revolucionou a técnica para guitarra, puxando dedilhados desconcertantes, ao invés de arpejar.  A banda em si era imensa.  Repleta de profissionalismo e gigantes na improvisação.

O disco "Brothers in Arms" apenas fortaleceu e massificou o que todos nós já sabíamos: o "Brothers in Arms" era do Dire Straits, e não o contrário.

Quem ouvir, verá !

GM

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