domingo, 28 de fevereiro de 2010

Fim de Semana Musical

Comecei com Linking Park...From Inside escutei três vezes. Parti para Led Zeppelin e viajei com Going to California. Devorei inteiro o acústico da Legião Urbana, consistente e juvenil. Grateful Dead chegou junto com American Beuty.

A esta altura meu bom malbec estava meio cheio e meio vazio.

Finalizei com Neil Young e Lovin Spoonful. Não dava para acreditar...só ouvindo mesmo !

GM

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Zico II - A Lenda

Arthur Antunes Coimbra, mais conhecido como Zico (Rio de Janeiro, 3 de março de 1953), notabilizou-se como o carismático líder da vitoriosa trajetória do Flamengo nas décadas de 1970 e 80, com ápice nas conquistas da Taça Libertadores da América e do Campeonato Mundial de Clubes pela equipe carioca, além de quatro títulos no Campeonato Brasileiro; e em suas participações pela Seleção Brasileira nas Copas de Espanha 1982 e México 1986.

É considerado por muitos especialistas, profissionais do esporte e, em especial, pelos torcedores do Flamengo, o maior jogador brasileiro da história do clube e o maior futebolista brasileiro desde Pelé. Não são poucos, também, os que o consideram como o melhor jogador de futebol dos anos 1980, sendo chamado frequentemente no exterior de "Pelé Branco". É o maior artilheiro da história do estádio do Maracanã, com 333 gols em 435 partidas. Marcou 135 gols em campeonatos brasileiros.

Foi eleito como o terceiro maior jogador brasileiro do século XX, o sétimo maior da América do Sul e o décimo quarto entre todos do Mundo, segundo a FIFA. É um dos quatro brasileiros a figurar no Hall da fama da FIFA (os outros são Pelé, Garrincha e Didi). Foi eleito o nono maior jogador do século XX pela revista France Football, e o nono Brasileiro do Século no esporte, segundo pesquisa realizada pela revista IstoÉ.
Zico jogava num pequeno time de futebol de salão formado por amigos e familiares, o Juventude de Quintino, do bairro de Quintino Bocaiuva, na zona norte do Rio de Janeiro. Além do Juventude, ele passou a praticar o esporte conhecido hoje como futsal no Ríver Futebol Clube, tradicional clube da Piedade, onde um dos professores era Joaquim Pedro da Luz Filho, Seu Quinzinho. No Ríver, seu futebol ainda menino chamou a atenção.

Mas seu primeiro clube de futebol de campo foi o Flamengo, para onde se transferiu aos catorze anos de idade, quando em 1967 o radialista Celso Garcia, amigo da família, assistiu uma partida de Zico em um torneio no Ríver, onde jogava com a camisa do Santos, em que o garoto marcou dez gols em vitória de 14 x 4 de seu time. Garcia o levou para a escolinha de futebol do clube.
Zico só estreou no time principal em 1971, em uma partida contra o Vasco da Gama, cujo placar terminou 2 a 1 para o time rubronegro, em que o debutante deu o passe para Fio Maravilha marcar o gol da vitória. Zico só foi se firmar como titular na equipe em 1974, depois de passar por uma intensa preparação física que incluía dedicação de boa parte de seu dia, desde quando chegou ao clube, em 1967 (quando ainda estava na escola), a um trabalho de fortalecimento muscular, devido ao corpo antes franzino. E devido ao seu franzino corpo de início de carreira e de seu bairro de origem (Quintino) ganhou o carinhoso apelido de "Galinho de Quintino".

Ainda atuando pelo time juvenil, participou de duas partidas pela equipe principal do Flamengo no Campeonato Carioca de 1972, o bastante para conquistar seu primeiro título como profissional. Ainda demoraria, entretanto, dois anos para firmar-se no elenco e enterrar a imagem de um jogador de físico fraco, que sucumbia à primeira pancada dos adversários. Após esses dois anos, em 1974 (quando também recebeu a camisa 10), começava a demonstrar futebol empolgante, com dribles, lançamentos e arrancadas fulminantes em direção ao gol e também a habilidade que lhe caracterizaria, a de cobrar milimetricamente as faltas que batia.

Neste ano, conquistou seu segundo Carioca pelo Flamengo, o primeiro como titular e camisa 10, liderando uma equipe jovem em decisões contra as equipes mais experientes de Vasco e América(onde há época jogava seu irmão Edu). No Campeonato Brasileiro, recebeu sua primeira Bola de Ouro da Revista Placar, eleito pela publicação o melhor jogador do campeonato.
Descontado seu jogo de despedida em 1989, em Udine, e partidas por seleções inferiores, Zico atuou por dez anos pelo Brasil, marcando 66 gols em 89 partidas, tendo saído como segundo maior artilheiro da Seleção, atrás apenas de Pelé (depois, foi ultrapassado por Romário).

Disputou três Copas do Mundo, não tendo experimentado o sabor do título mundial. Suas únicas taças pela Seleção foram conquistadas no ano de 1976: a Copa Rio Branco e o Torneio Bicentenário dos Estados Unidos (em que marcou, nos 4 x 1 a Itália, um de seus gols mais bonitos, driblando três adversários e chutando de pé esquerdo na meta de Dino Zoff).

Contra o Uruguai, em Montevidéu, com a partida empatada em 1 x 1 e com Rivellino e Nelinho expulsos, Zico fez o gol da vitória em cobrança de falta no final da partida. Apenas em 2009 o Brasil voltaria a vencer a Seleção Uruguaia na casa dela.

Zico foi à Copa do Mundo de 1978 em momento onde ainda se firmava na equipe treinada por Cláudio Coutinho. O que seria seu único gol no torneio terminou mal anulado: no final da segunda partida da primeira fase de grupos, contra a Suécia, o árbitro (o galês Clive Thomas) encerrou a partida no momento em que a bola estava no ar após cobrança de escanteio, antes que o cabeceio dado por Zico a fizesse entrar nas redes.
Despediu-se na partida contra a Polônia, a última da segunda fase de grupos, quando sofreu grave problema muscular ao prender o tornozelo em lance com o adversário Zbigniew Boniek - se o Brasil passasse à final, Zico não jogaria. A Seleção teve de contentar-se com a decisão do terceiro lugar (conquistado) após ficar empatado em pontos e com menos saldo de gols que a anfitriã Argentina, após a vitória desta por 6 x 0 sobre o Peru, o grande escândalo do torneio.

Um drama talvez maior veio na Copa do Mundo de 1982, onde o Brasil vivia enorme favoritismo. Zico marcou quatro vezes no mundial: de falta contra a Escócia, em jogo em que reencontrou três jogadores do Liverpool contra quem jogara seis meses antes: Alan Hansen, Kenny Dalglish e Graeme Souness; dois contra a Nova Zelândia (um deles, de voleio); e outro contra a Argentina. Na partida contra os rivais, também deu passe para Júnior marcar o terceiro e também envolveu-se no segundo, tendo dado passe para Falcão assistir a Serginho Chulapa. O jogo foi válido já pela segunda fase, onde um grupo formado também pela Itália daria uma vaga para as semifinais. O Brasil foi ao jogo contra os italianos podendo empatar para passar de fase: ambos haviam vencido a Argentina, mas o Brasil o fizera com um gol a mais.

Tudo deu errado na partida decisiva do grupo. O técnico da Azzurra, Enzo Bearzot, já presenciara as habilidades de Zico em 1979, quando treinou a Seleção do Resto do Mundo em amistoso contra a Argentina comemorativo do aniversário de um ano do título do país na Copa de 1978. Zico chegara a Buenos Aires minutos antes da partida, entrando no segundo tempo. Marcou o gol de empate e levou o time da FIFA à vitória de virada.
Para anular o Galinho, escalou o violento Claudio Gentile, que já parara Maradona, à base de muitas pancadas, na partida contra a Argentina. No único momento em que conseguiu desvencilhar-se da pesada marcação de Gentile, Zico deu o passe para o gol de Sócrates, que empatava a partida em 1 x 1.
Em outro momento, o adversário chegou a puxar tão forte a camisa de Zico que terminou por rasgá-la. O lance foi dentro da grande área, mas o pênalti evidente não foi marcado pelo árbitro Abraham Klein. A Itália venceu por 3 x 2 no que Zico, até então empatado com o alemão-ocidental Karl-Heinz Rummenigge na artilharia do mundial (premiação que ficaria com o carrasco Paolo Rossi, que fizera os três gols da vitória italiana naquela partida e faria outros três depois), considera sua "maior frustração no futebol".

A terceira e última Copa de Zico seria a de 1986. O Galinho ainda vivia a desconfiança da crítica em relação a seu estado físico após a lesão provocada por Márcio Nunes, em 1985. Sua resposta pela Seleção viria em abril, em amistoso contra a Iugoslávia. Na vitória brasileira por 4 x 2, marcou outro de seus gols mais bonitos, invadindo a área adversária deixando para trás uma fileira de quatro zagueiros e ainda livrando-se do goleiro antes de concluir para as redes.

Ainda assim, em virtude de sua recuperação, foi ao mundial como reserva. Jogou três das cinco partidas jogadas pelo Brasil na Copa, contra Irlanda do Norte, na primeira fase, com o Brasil já classificado; Polônia, nas oitavas-de-final; e França, nas quartas. Não marcou gols, perdendo a melhor chance que teve para fazê-lo, um pênalti contra os franceses.
Zico havia acabado de entrar na partida, já empatada em 1 x 1, e feito sensacional lançamento para Branco, que foi derrubado na grande área pelo goleiro Joël Bats. Como ainda estava frio na partida, Zico foi bater o pênalti relutantemente, ao qual ele mesmo reconheceu ter cobrado mal.
O empate perdurou na prorrogação e a vaga nas semifinais foi decidida na série de pênaltis. Escalado para bater novamente, Zico acertou sua cobrança na decisão, mas Sócrates e Júlio César perderiam as suas e o Brasil acabaria eliminado. Foi a última partida oficial do Galinho pelo Brasil - curiosamente, o craque perdeu apenas uma vez pela Seleção em Copas, no fatídico jogo contra a Itália em 1982.

Na Copa do Mundo de 1990, o técnico Sebastião Lazaroni, chegou a conversar com Zico se o jogador não poderia repensar a sua decisão de não disputar a Copa. O Galinho optou por não jogar, tendo outros plantos: naquele ano, durante a presidência de Fernando Collor, foi Secretário Nacional de Esportes, cargo público que exerceu até o ano seguinte.

Pela Seleção Pré-Olímpica, Zico foi durante o torneio classificatório para as Olímpiadas de 1972 um dos destaques da Seleção. Inclusive fez o gol da classificação, porém foi de maneira suspeita cortado dos Jogos. Sua decepção com a ausência lhe fez pensar em parar de jogar, na época.
Zico anotou 826 gols em toda sua carreira; 516 gols em partidos oficiais (Primeira divisão, Seleção Brasileira, copas nacionais e internacionais) e 310 em torneios não oficiais, Juvenil e amistosos.
Títulos Como jogador - Flamengo:

Copa Européia/Sul-Americana - Mundial Interclubes: 1981
Copa Libertadores da América: 1981
Campeonato Brasileiro: 1980, 1982, 1983, 1987
Campeonato Carioca: 1972, 1974, 1978, 1979, 1979 (especial), 1981, 1986
Taça Guanabara: 1972, 1973, 1978, 1979, 1980, 1981, 1982, 1988, 1989
Taça Rio de Janeiro: 1986
Taça Euzébio de Andrade: 1987
Campeonato Quadrangular Infantil:
1969
Campeonato Carioca Infantil:
1969
Campeonato Carioca Juvenil:
1972
Torneio de Goiás:
1975
Torneio de Jundiaí:
1975
Torneio de Mato Grosso:
1976
Troféu Ramón de Carranza: 1979
Troféu Ramón de Carranza: 1980
Troféu Cidade de Santander: 1980
Torneio de Nápoles: 1981
Copa Kirin: 1988
Troféu Colombino: 1988
Torneio de Hamburgo: 1989
Seleção Brasileira
Torneio Pré-Olímpico: 1971
Copa Rio Branco: 1976
Torneio Bicentenário dos Estados Unidos : 1976
Taça do Atlântico : 1976
Copa Roca: 1976
Taça Oswaldo Cruz: 1976
Mundialito de Cáli : 1977
3ª Coloção Copa do Mundo de 1978
3ª Colocação Copa América 1979
Taça da Inglaterra: 1981
Taça da França: 1981
5ª Colocação Copa do Mundo de 1982
Troféu Sport Billy Time Fair play Copa do Mundo 1982
5ª Colocação Copa do Mundo de 1986
Troféu Sport Billy Time Fair play Copa do Mundo 1986
Seleção Brasileira de Masters
Copa Zico: 1990
Copa Pelé: 1991
Seleção Brasileira de Futebol de Praia
Copa do mundo de futebol de areia : 1995
Copa do mundo de futebol de areia: 1996
Copa América de futebol de praia : 1995
Copa América de futebol de Praia 1996
Torneio internacional de futebol de praia

Udinese :

Torneio Quadrangular de Udine: 1983
Kashima Antlers
Copa Muroran: 1992
Copa Suntory (1ª fase): 1993
Meiers Cup: 1993
Pepsi Cup: 1993

Como técnico:

Seleção Japonesa
Copa da Ásia: 2004
Copa Kirin : 2004

CSKA Moscou:

Prêmios

Melhor Jogador do Futebol Brasileiro nos últimos 30 anos - Rede Globo (BRA) - (2003)
Melhor jogador das Américas eleito pelo jornal
El Mundo (VEN) - (1977)
Melhor jogador da Seleção do Resto do Mundo "
FIFA" Copa do Mundo de 1978 (1979)
Melhor jogador das Américas eleito pelo jornal
El Mundo (VEN) 1981
Melhor jogador do Mundo eleito pelo
El Mundo (VEN), Guerin Sportivo (ITA), El Balón (ESP), e revista Placar (1981)
Melhor jogador da
Copa Libertadores da América (1981)
Melhor jogador da final do
Mundial interclubes (1981)
Melhor jogador das Américas eleito pelos jornais
El Gráfico (ARG) e El Mundo (VEN) - (1982)
Chuteira de bronze Copa do Mundo 1982
Craque do time das estrelas da Copa do Mundo 1982 (World cup all-star team player) - (1982).
Melhor jogador do Mundo eleito pela revista inglesa "
World Soccer" (1983)
Premio Chevron " Melhor jogador do Campeonato Italiano " Temporada 83/84 - (1984)
3º Melhor jogador do Mundo "
World Soccer" (1984)
Melhor jogador da "
Copa do mundo de futebol de areia (1995)
Melhor drible do Fifa Street 2 - "Ginga" (2006)
Bola de Prata - Revista Placar - (1987)
Bola de Prata - Revista Placar - (1982)
Bola de Prata - Revista Placar - (1977)
Bola de Prata - Revista Placar - (1975)
Bola de Prata - Revista Placar - (1974)
Bola de Prata (artilheiro) - Revista Placar - (1982)
Bola de Prata (artilheiro) - Revista Placar - (1980)
Bola de Ouro - Revista Placar - (1982)
Bola de Ouro - Revista Placar - (1974)
Décimo quarto Maior jogador do Século XX pela IFFHS
Sétimo Maior jogador Sulamericano do Século XX Pela IFFHS
Terceiro Maior jogador Brasileiro do século XX pela IFFHS
Nono Maior jogador do
século XX pela revista - France football
Décimo oitavo Maior jogador do
Século XX pela revista inglesa - World Soccer
Nono maior artilheiro do Mundo na história do futebol em campeonatos de primeira divisão, com 406 gols -
IFFHS
Maior goleador meio campista do Mundo na história do futebol em partidas oficiais, com 522 gols -
IFFHS
FIFA 100
Hall da fama do futebol internacional - IFHOF (International Football Hall of Fame) - 1997
Hall da fama FIFA - 2000
Premio Golden Foot Award (Lenda do Futebol) - 2006

É como eu já disse, Zico (A lenda) é Brasil.

O resto é Maradona !

GM

Fonte: Wikipedia.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Zico

Justiça seja feita, Zico, o Arthur Antunes de Coimbra, foi o segundo melhor jogador da hsitória.

Justiça seja feita, ninguém jamais cobrou uma falta, deu um passe, armou uma jogada e finalizou como ele.

Justiça seja feita, não me lembro de nenhum outro 3º homem de meio de campo que tenha marcado mais de 800 gols.

Em outras palavras, Zico é Brasil.

O resto é Maradona.

GM

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Ladyhawke

Michelle Pfeiffer, mais bela que uma dama de copas, vívida numa imagem mítica, olimpiana, branca e de neve; reinou absoluta como Isabeau d'Anjou, a Ladyhawke de O Feitiço de Áquila.
Matei minha saudade desse épico filme de 1985, que assisti em 1986, nesta tarde preguiçosa de terça-feira de carnaval.
Foi uma viagem rever esta linda fábula. Brilhantemente ambientada nos arredores de Áquila, na Itália, com uma fotografia sensacional, digna dos melhores e maiores filmes de época.

Matthew Broderick, então um fedelho aprendiz em seu quarto filme (o primeiro foi Jogos de Guerra, de 1983, que até hoje não vi...grave falha de caráter em meu currículo de cinéfilo) não disfarçava seus sentimentos pela beleza colossal de Michelle.
Quem viu o filme sabe que tudo não passou de um flerte, apesar da combinação Broderick x Pfeiffer ser muito mais cinema do que o brutamontes Hutger Hauer (na pele do infeliz capitão Navarre) cortejando a bela.
Ele me parece ser desqualificado para isso...fera demais...quem duvidar que assista Blade Runner e depois venha falar comigo.

O filme, como disse, é uma viagem só de ida, de volta, a inocência consumista dos anos 80. Sem ser pop, um clássico.
A trilha sonora foi uma bobagem. Uma idiotice do Alan Parsons. O besta simplesmente ignorou o contexto histórico do filme e criou uma trilha em DX-7, com uma batida padrão Cindy Lauper, digno das festinhas de garagem dos anos 80.

Também pudera...Alan Parsons ???

Recomendo o filme como sessão remake, saudade, mas, por favor, ponha a TV no MUDO e assista ouvindo um bom CD da Enya ou da Sinnead O'Connor.

Você vai se sentir em Áquila, antes de Berlusconi.

Vamos em frente !

GM

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Maria Gadú

Há muito tempo esperava por um disco assim.
Desde 1994, quando Marisa Monte lançou Verde Anil Amarelo Cor de Rosa e Carvão, com uma sonoridade nova e fruto de parcerias perfeitas com Carlinhos Brown, Arnaldo Antunes e Nando Reis, que nada assim me chegava ao ouvido.
Comprei o disco meio sem querer. Achei a capa atual e o projeto gráfico rico. Me encantava também aquela música, da trilha da TV, que não me saía da cabeça...Shimbalauê...e me parecia alguma coisa perto de Djavan, Ednardo ou João Bosco.
Cheguei a achar que era uma regravação. Algo no estilo da trilha de Gabriela e das paragens de Ilhéus.

Nada disso. Era autoral mesmo. Gadú, de cima abaixo.
O disco é delicioso. A voz dela é de fada. Lembra, sim, Marisa Monte, mas com um tom genético só dela. Dá vontade de colocar a menina no colo, quando escutamos o disco.
A escolha dos músicos e do repertório foi perfeita: Arthur Maia, talvez ao lado de Ron Carter, o maior baixista do mundo, está presente. Pérolas como Edu Lobo e Chico estão presentes também, como autores que emprestam talento a esta bela cena de crime.
O disco tem samba, bolero e uma surpreendente interpretação de Ne Me Quite Pas, de Jacques Brel, num francês contemporâneo que emociona.
Em sua formação musical, certamente, horas foram dedicadas a audição de gente como Marisa Monte, João Bosco, Chico e Tom Jobim; mas, não passou escondida a tênue presença de uma Umbanda Branca, na batida síncope de um atabaque, que assina, talvez, a inclinação verdadeira de sua espiritualidade.
Agô, Gadú...seja bem vinda !

GM

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Madonna, Beyoncé e Alícia...Quem ?

O comentário geral hoje no escritório foi a vinda de Madonna, Beyoncé e Alícia Keys ao Rio para gravar um vídeo-clipe.
Problema delas ! E dos cariocas, também.
Primeiro, que parei de assistir vídeo-clipes 25 anos atrás, na época do pioneiríssimo no gênero, Heládio Sandoval, da Rádio Cidade e TV Manchete, do RJ.
Depois, que se me batesse uma maleita de 42° de febre, não seria um clipe da Madonna que eu iria assistir. Nem se vascaíno fosse !!!
Uma vez o maestro Júlio Medaglia entrevistou o maestríssimo Tom Jobim:
- Tom, você assiste a shows ?
- Pra fazer shows eu cobro U$ 1 milhão e para assistir eu cobro U$ 2 milhões...
Se fosse show da Madonna seriam U$ 5 milhões.
Dizem que a imprensa ficou agitadíssima com a possibilidade de cobertura das divas madonnescas.
Problema da imprensa. Chico Buarque mora no Rio e a imprensa não dá bola....aliás, quem disse que elas são divas ? Divas do quê ? Divas de quem ?
E quem deu autorização para gravarem as imagens em plano aberto, no Morro da Conceição ? No pátio do Jogo da Bola ? Pertinho da Pedra do Sal, onde o samba nasceu e onde eu fui criado.
Será que elas não sabem que minhas primeiras bolas chutei na rua da Conceição, no sopé da Ladeira Pedro Antônio ? Por que ninguém me consultou ?
Não tenho nenhum disco da Madonna...graças a Deus ! Dessa tal de Alícia também não...aliás quem é essa criatura ? Canta o quê ? Jogou aonde ?
Já da Beyoncé eu tenho um...filho único...a trilha do filme Fighting Temptations, com Cuba Gooding Jr. Uma ode ao bom gospel, R & B e a soul music. Recomendo.
Ainda me contaram que ela ganhou vários prêmios Grammy, este ano.
Putz...eu sou da época de que quem ganhava Grammy era Stan Getz e João Gilberto.
Ah Gamboa, como vocês foram permitir ?
Vamos em frente !
GM

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Ao Bom Cinema

Também gosto de Hollywood. Também mereço uma tarde preguiçosa, assistindo sem ter que pensar muito, a todas aquelas bobagens deliciosas que nos alivia e enebria.
Somo aqui as coisas bobas de Spielberg. As escorregadelas de Lucas. As fraquinhas de Burton.
E por que não ? Cinema é apenas luz através do celulóide. Quem disse que tinha que ser tão intenso ?
Mas na maioria das vezes, graças ao bom Deus, a fonte que bebo, e recomendo, é outra:
Fiz neste fim-de-semana uma sessão de cinema bom em casa. Aluguei, numa só canetada, Blow Up, do Antonioni; THX-1138, do Lucas; O Iluminado do Kubrick e Cada Um Vive Como Quer, do Rafelson.
Em outra perspectiva, dediquei minha noite e madrugada de sábado ao bom cinema.
Blow Up ainda é assustador. A narrativa é lenta e os planos, muito longos. Há cenas de minutos sem um único som sequer. Nadinha. O filme ficou famoso por mostrar a primeira aparição de uma periquita peladinha, em pêlo...um nu frontal feminino que hoje não seria nem notado.
Tem ainda uma performance rápida do YardBirds, com Jimi Page, além de muitas cenas de uma Londres que não existe mais. Vale à pena.
THX é muito paranóico. Mostra um jovem Robert Duvall de dentes tortos e cabeça raspada. A estória é um esquálido reflexo de um futuro bem tipo George Lucas. Máquinas e computadores controlando os humanos, inclusive sexualmente. Quando o personagem principal, THX, consegue finalmente fugir para a superfície, descobre que nada restou. E que o melhor, talvez, fosse permanecer controlado.
Alegórico, mas verdadeiro.
Os dois outros que assisti são grandes sucessos de crítica e indicam o nascimento do super astro Jack Nicholson. Realmente, um grande ator. Recomendo os dois, sendo que O Iluminado é grande, terrível e lindo.
Meio drunk de Malbec resolvi parar de assistir e de beber...mas já estou fazendo minha lista para a semana que vem. Certamente A Última Sessão de Cinema, do Bogdanovich, estará na lista.
Se não tiver na locadora, vou encher a paciência do vendedor...problema dele !
Vamos em frente !

GM