A TV será estatal e seu símbolo, antes global, tornar-se-á uma estrela.
Todos os CPF´s serão monitorados e o padrão de gastos do cidadão será comparado com o padrão de ganhos do mesmo.
Mediante qualquer desvio milimétrico, haverá um convite fardado para se provar a inocência. Não o contrário.
Supercomputadores devassarão a contabilidade das empresas e dos seres humanóides, a declaração de IR virá pronta, bastando assinar, consentir e sorrir.
A imprensa será partidária, unilateral e censurada. Qualquer material considerado minimamente livre será revisto, requisto e trancafiado em prateleiras infinitas.
A arte será pequena. Toda dor será perdoada, desde que consentida. A música transmutada em rascunho e os artistas exilados para o inferno.
Pensar será perigoso, a não ser que coletivamente. Sorrir será uma lástima.
No Brasil de 2026 todas as crianças terão nove dedos. Pois o conceito de políticamente correto será físico... e tísico.
Estudar não será preciso. A classe média vai sustentar a ponta e a base da pirâmide. O amor vai ser servido aos pedaços, em bandejas de prata, para dentes podres e bocas banguelas.
Empregos públicos existirão aos milhares. Salários régios e pagos em dia. Soldos da incompetência e da burocracia.
O resultado será a folia. Em quatro dias de carnaval. Onde uma criança doente e tardia, sorridente, estenderá os quatro dedos de sua mão.
GM
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