domingo, 10 de outubro de 2010

A Invasão dos Nóias

No Aurélio não existe definição. É verdade, eu chequei.

Eu imagino que esta corruptela venha de paranóia. Mas juro, é pura imaginação.

O fato é que eles vieram. E sem pedir permissão quase que triplicaram a populçao de minha pequena grande Itu.

Vieram atrás dos atrativos de um festival de música e artes. Como artistas, andaram pela cidade com seus dread-locks, tatuagens sem-fim e muito metal espetado no corpo.

Meu filho perguntou-me o que era um nóia. Faltaram-me palavras para descrever esta exuberante forma errante. Mas sim, vimos alguns pelo caminho:

Em frente a minha banca de jornal preferida, me roubaram a vaga do estacionamento.

Próximo ao butequim Colombo, me tiraram a porção de batatas.

Dentro da padaria eleita de todo sábado, me roubaram a vez no balcão.

Caminhavam aos bandos com o olhar fixo em nada e desnudos em vestes coloridas. Povinho engraçado esse...

Meu filho viu um na fila do supermercado, comprando cerveja , esperando e se divertindo de uma forma biológica, porém estranha:

- Pai, acho que o moço está tirando meleca do nariz e comendo...
- Liga não, filho...talvez a música compense...

GM

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