quinta-feira, 17 de março de 2011

Daniel Filho e Ultraman



Talvez a lembrança mais antiga e concreta que guardo ainda de minha infância, aquele tipo de lembrança que se recusa a sumir, é a imagem minha e de amigos de rua, assistindo Ultraman na TV de um vizinho.

Era a TV de Gelsinho, alcunha de Rogelson, amigo de infância que eu não sei mais por quais esquinas anda.

Naquele tempo e naquela TV, Ultraman era inteiro cinza. Anos mais tarde, com o advento da primeira TV a cores de nossa rua, uma Panasonic pesadíssima na casa da linda Sônia, descobrimos que Ultraman era metade vermelho.

Um ultraje !

Naquela época, a TV era minha vida. Junto com o futebol descalço, que tantas unhas do dedão me levou e o mundo das letras, a TV era minha vida.

Com o tempo e o acesso econômico, o cinema veio para o topo da lista, sem jamais tirar o glamour e a paixão pela caixa de luz, apenas veio para o topo da lista.


Terminei agora um livro muito televisivo que recomendo a quem me lê.´

Trata-se de uma aula sobre a produção de TV no Brasil. Escrito por um inspirado Daniel Filho, o livro abre todo o jogo da produção, direção, roteirização, fotografia, pós-produção, casting e tudo-o-mais sobre fazer TV no Brasil.

Tudo isso, além de relembrar a história da TV BR, desde a Tupi até a Rede Globo.

Instrutivo e divertido.

Recomendo.

GM

3 comentários:

  1. Pois é, amigo, também vivi as televizinhanças. Via Vigilante Rodoviário, Cisco Kid, Zorro (o de capa e espada) e o Zorro (amigo do Tonto - que tempos depois vim a saber que o nome era Cavaleiro Mascarado). Via os Três Patetas, humor inocente e repetitivo, que tanto nos fazia rir. Era um tempo maravilhoso. Ah! Também vi um "milagre" que me deixou em êxtase. Fã que era de ficção científica, vi o primeiro humano pisar na Lua. Talvez hoje seja pouco, mas em 1969 era o futuro. Fiquei sem entender quando vi interrompida a transmissão de uma notícia em edição extra-ordinária, a Revolução dos Cravos em Portugal, era 1974, e só depois soube que foi censura, aquilo que achei que era uma simples "perdoe a nossa falha". Mas veja só, acabei me estendendo mais do que devia. Mas, a culpa é sua. Quem mandou puxar minhas lembranças.
    Abraço amigo.
    Geraldo

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  2. Olá pessoal, tenho 46anos e me chamo Ismar e me lembro como se eu e meu irmão Roberto olhasse este enterno e grande vingador do nosso tempo de guri.

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  3. É SHOW ULTRAMAN ULTRASEVEN DEMAIS...

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