segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Música simples


Diferente do que se chama hoje de música acústica, a música simples está por aí, sim.

Não estou me referindo a selos da MTV, ou a jovens músicos cantando com voz fininha, apoiados por arranjos de cordas, numa tentativa rebuscada de se fazer um folk chic.

O folk não é chic e nem está por aí.

Mas a  música simples esta por aí.  Ontem mesmo estivemos juntos, eu e ela.

Pode ser na forma de um "Sapato Velho" nas mãos de uns caras de roupa nova.   Pode ser algo no estilo de um "Vôo Livre" a bordo de um avião velho que um dia circundou Paris e sua torre.

Pode ser tudo isso ou menos ainda, por que ser simples é ser pouco. 

Mas eu gosto.

Eu gosto dos mineiros.  A simplicidade deles merece atenção.

Desde os dias em que se tentava aprender violão sozinho, até que de tanto tentar, os dedos sangrando nos pedissem pra  parar um pouquinho ou quem sabe desistir.

Eu gosto dos mineiros desde sempre, acho.

Milton e seus tons.  Beto Guedes e seu som imaginário.  Tavito, quase sempre esquecido.  Lô Borges e sua coragem.

Os mineiros são legais.  São gente simples.  São muitos e poucos.

Ouvir "Clube das Esquina" 40 anos depois  é como beber do mesmo vinho.  Um álbum 40 anos à frente de seu tempo.  Uma taça que pouco esvazia.

Se você quiser simplificar um pouco as coisas ao seu redor, comece ouvindo música simples. 

Comece pelos mineiros.

14 Bis, um bom começo.  Milton, um ótimo final.  Com Lô Borges no meio de tudo, sempre.

Mãos à obra !

GM

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