segunda-feira, 7 de novembro de 2011

O Rock Brasileiro dos Anos 80


Começar por onde ?

Ou começar por quem ?

Talvez por Rita Lee e a banda Tutti-Frutti ou por Raul Seixas.

Com certeza, mas nos idos de 1977 / 78 e 79, havia um quê de fim da era psico no ar.

Coincidentemente, começaram a aparecer pequenos festivais de música em cidades como Saquarema/RJ e Avaré, no interior paulista.

Alguns outros eventos começaram a dar sinais de que alguma coisa maior estava por vir: Police toca no RJ em 1978.  Um ano antes o Queen já havia aportado em terras Paulistas.  Em 1980, o Kiss fez um mega show no Maracanã e um ano mais tarde, o Yes veio conferir a péssima acústica do Maracanãzinho.

Eram as sementes que os jovens músicos cariocas, paulistas e brasilienses precisavam.

Antes do  pop rock brasileiro explodir com a Blitz, em 1982, já havia gente de peso fazendo um som  pesado por aqui:  O Terço,Vímana, Made in Brazil, Bolha, Sound Factory, Som Imaginário...só pra citar alguns.

Destas bandas, saíram nomes que se consolidaram na cena brazuca anos mais tarde, como: Lobão, Lulu Santos, Flávio  Venturini e Pedrinho Fico, só para citar outros uns.

Havia a vontade incontrolável de se fazer um som nosso, muito talento, pouca técnica e nenhum dinheiro.

Também faltavam espaços, a despeito dos esforços da Fluminense FM, no RJ e da 98 FM (também do RJ) e seu programa de rock das noites de domingo.

Então, não muito surpreendentemente, em meados de 1981 e 1982, as coisas começaram a acontecer, no RJ (Circo Voador, Asdrúbal Trouxe o Trombone, Blitz, Paralamas, Barão Vermelho, Blues Etílicos, Biquini Cavadão, ) e em SP (Titãs, Ira,  Radar TanTan, Madame Satã, Rose Bom Bom).

Empresários da cena pop perceberam a oportunidade de se fazer dinheiro com aquela garotada, e novos espaços foram abertos (Mamão Com Açúcar, Hipopótamos, Mistura Fina, Cassino Titanic) e novas bandas foram convidadas a gravar (Kid Abelha e os Abóboras Selvagens, João Penca e os Miquinhos Amestrados, Léo Jaime, Metrô...).

Um quantidade grande de nomes engraçados e pouco ensaio que vieram, brilharam e se foram.  E outros tantos que conseguiram associar talento, trabalho e sorte, como o caso da lendária banda Legião Urbana, ou de outros brasilienses, como a Plebe Rude e o Capital Inicial.

O rock brasileiro dos anos 80, que  começou como uma mera resposta à necessidade hormonal de se produzir um som tão bom quanto aqueles que se ouvia em discos importados e contrabandeados, terminou como aquilo que sempre deveria ter sido: o bom e velho rock and roll.

GM

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