terça-feira, 17 de setembro de 2013

Luiz Maurício Pragana dos Santos e o Rock in Rio


A imagem que abre este artigo é romântica e emblemática.

Um jovem Lulu Santos, dividindo o palco do  Rock in Rio 1, com o talento e o sax tenor de Leo Gandelman. 

Imagem rara !

Me lembro bem que, após a sua primeira apresentação no Rock in Rio 1 (no já distante ano de 1985), Lulu Santos recebeu críticas pesadas quanto a sua atuação.

Colossos da imprensa, como por  exemplo o JB do Rio, aludiram a Lulu como "apático e sem brilho", ou algo como isso, se não me rasga a memória. 

Pena não ter guardado aquela edição.

Já após a sua segunda apresentação Lulu teria sido ovacionado, elogiado e erguido ao panteão dos grandes instrumentistas e artistas de sua geração.

Justiça divina ao Luiz Maurício, ex-Vímana, e que na abertura do festival teria sido barrado na entrada do backstage por um truculento segurança, que, lendo o nome na credencial não pôde reconhecer em Luiz Maurício Pragana dos Santos, o talento do jovem Lulu.

Estórias do festival !

Na edição deste ano (sim...estamos em 2013 !), Lulu foi homenageado pela  banda pop Jota Quest, assim rebatizada por Tim Maia, pois os mineiros eram originalmente os "J. Quest". 

Uma justa homenagem a um dos pais do pop-rock brasileiro, Lulu.

Guitarrista exímio.  Violonista prá lá de competente.  Letrista.  Cantor.  Performer de palco e péssimo apresentador de TV, Lulu é uma das bases estruturais do movimento BRock e, também, um dos pilares históricos do festival.

Sua música tem qualidade e merece ser ouvida, dentro e fora do Rock in Rio.

E o que falar do festival ? O que falar de um Rock in Rio que se desvia da mátria roqueira e  se perde pelos caminhos do pop, do funk, do axé e do nada ?

Diria apenas uma última frase: o festival, ou o que ele se tornou, não é  digno de seu público, não é digno de nossa audição e, também, não é digno do bom e quase velho Luiz Maurício, cuja música vai continuar por  aqui, muitos anos depois que o Rock in Rio se tornar lembranças e estórias de backstage.

Quem puder ouvir, verá.

GM





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