sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Ruas de Fogo e Diane Lane


Recebemos outro dia a sempre bem-vinda visita dos amigos Micai e Gláucia, em nossa humilde casinha
.
Já fazia algum tempo que não nos víamos, a saudade da presença daquela amizade sincera era muita e viva.

Logo começamos animado bate-papo sobre tudo o que importa e o que é importante em tudo: Vinho tinto, cerveja gelada e muito bolinho de bacalhau, quentinho, saindo da frigideira.

As gargalhadas altas e bonitas de meu amigo Micai, jogaram longe todas as incertezas sobre a vida, enquanto o olhar luminoso de Gláucia animava cada passo a seguir em frente.

Meia garrafa de malbec (o justo Latitude 33) e muitos bolinhos lusitanos depois, resolvemos assistir a um filme para relaxar e continuar com o clima perfeito.

Escolhi da minha coleção o clássico “Ruas de Fogo”, que fez muita gente dançar e bater palmas nos cinemas de 1984.

O filme é uma bem embalada estória de jovens, feita para jovens. Tudo muito simples e bonito. O roteiro é previsível, e por isso mesmo, legítimo. A direção de Walter Hill, dispensável, pois não havia ali o que dirigir...era mais uma questão de enquadramento da energia teen do que direção, tecnicamente dita.

A trilha sonora é assinada pelo monstro Ry Coorder, o mesmo de “Crossroads – A Encruzilhada” (aquele com Ralph Macchio, da franquia Karatê Kid) e de “Buena Vista Social Club”.

Ry Coorder, além de excelente músico e arranjador é um descobridor de talentos.
Na trilha do filme "Ruas de Fogo" ele emplacou uma muito desconhecida banda chamada “Fire Inc” (que mais tarde deu origem a banda “Pandora´s Box”, lembra ?), com dois hits automáticos, sendo a música “NowHere” a mais conhecida e de saudosa batida.

A vocal era a ilustre oculta Laurie Sargent, que não grava desde “Big Face” de 1986. Um estilo de cantar explosivo e bonito, que lembra (de uma forma melhorada) Bonnie Tyler.

A escolha do elenco do filme foi quase perfeita: Willian Dafoe, como o bad guy Raven Shadock; Michael Paré (quem ???), como o boa pinta Tom Cody e a estonteante e deliciosa Diane Lane...aos 19 aninhos...como a cantora Ellen, dublando a voz de Laurie Sargent.

O filme é nostálgico, bonito e um bom entorpecente para a realidade. Recomendo.

Quando Morpheus estava quase vencendo a resistência física de minha amiga Gláucia, Micai interveio com um: “...é hora de irmos embora...”. Glau, com os olhinhos vermelhos de sono e esticada, à vontade e sem sapatos no sofá da sala de TV, concordou feliz já sonhando com seu travesseiro de arroz especial.

A despedida foi com promessas de uma nova visita, um novo vinho, um novo quitute e mais uma rodada cinéfila, pois ninguém é de ferro.

Que não demore a acontecer !

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