quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Sonia Braga



Dormi ontem com a TV ligada.

Queria assistir a um doc do "Profissão Repórter", que iria abordar a precariedade da saúde no Brasil. Expondo fraturalmente suas alcovas apodrecidas, filas de espera e corrupção doentia.

Este é talvez um dos pouquíssimos programas disponíveis na TV aberta, daqueles que ainda valem à pena: o formato é independente, a linguagem é desglobalizada e o objetivo não é comercial.

Antes deste doc, estava assistindo a midialização do livro "As Cariocas" do Stanislaw Ponte-Preta (alter-ego de Sérgio Porto). O espisódio de ontem tinha como protagonista a, minha, Sonia Braga.
Infelizmente ontem tinha voltado de SP e enfrentado 2 horas e meia de Marginal Pinheiros x Castelo Branco X Santos Dumont...o cansaço estava me dominando.

Meu olhos ardiam em areia, mas permaneci firme assistindo ao pasquinete televisivo com a minha musa.

Tudo era péssimo: roteiro, locução em off, direção estilo novela das sete...exceto minha musa Sonia Braga, que estava perfeita e linda como nunca e as pictóricas paisagens da Urca, meu bairro preferido na minha cidade natal.

Adormeci profundamente ainda com a TV ligada. O cansaço me levou por um caminho de sono e de sonho e como que a atender as minhas preces, sonhei com aquela mulher suculenta.

Sim, sonhei com Sônia Braga:

O primeiro sonho foi rápido...eu estava num ônibus, provavelmente o 107, que fazia a linha Botafogo X Praça Mauá. O ônibus estava totalmente lotado, exceto por um lugar ao meu lado. Num repente, percebo aquela bela morena sentando ao meu lado e olhando séria em frente.

Ato contínuo, senti sua mão deslizar pela minha perna enquanto sua boca tocava minha orelha.

Paro por aqui.

Quem assistiu a "A Dama do Lotação" de 1978, dirigido por Nevile de Almeida e estrelado pela ,minha, Soninha sabe bem o que aconteceu.

Acordei de sobressalto.

Com a boca seca fui até a cozinha e bebi num estalo 02 copos d'água.

Voltei pra cama triste achando que perdera o sonho para sempre.

Ledo engano. Tão logo voltei a dormir e Sonia Braga voltou com força ao meu inconsciente.

E lá em meu mundo onírico, estava eu saindo do bar Vezúvio e indo em direção ao centro de Ilhéus. Percebi nesta caminhada uma pequena multidão ao redor de uma casa, observando no alto do telhado, um tesouro com curvas felinas tentando pegar uma inocente pipa para um quase inocente menino.
De repente, me transportei também para cima do telhado. O inocente menino era eu. Estava ao lado dela deitado sobre as telhas. Percebi dentro do seu olhar quente, que o que ela queria era me atrair para o telhado. A pipa poco importava.

Como um sorriso de lolita na boca ela me puxou junto e em cima daquele corpo de morena do mato, que cheirava um suor gostoso, de mulher e que vestia uma chita barata.

O resto é sonho.

Assistir ao filme "Gabriela, Cravo e Canela" , de 1983 com direção de Bruno Barreto e estrelado por Sonia Braga (a minha) e Marcello Mastroianni, pode dar uma boa idéia do que fizemos naquele telhado.

Acordei com um sorriso bobo no rosto.

Por que será ?

GM

Um comentário:

  1. Cara, mandou muito bem. Lembro de cada pedaço de cena que vc descreveu. Abração.
    Geraldo Claro

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