segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Abaixo de Zero


Existe uma seleta lista de filmes que um dia vou assistir com meu filho.

Não são necessariamente clássicos, mas são filmes que por razões pessoais fizeram algum sentido para mim.

Na maioria dos casos, são filmes que assisti entre 1986 e ontem.  Esclareço que a referência cronológica não faz a menor diferença.

Esta lista certamente teria O Fetiço de Áquila, com Michele Pfeiffer; E.T. com a pequena Drew Barrymore; Drácula, com Wynona Rider; Gandhi, com Ben Kingsley; Amadeus, com Tom Hulce; Forrest Gump, com Tom Hanks; Alguém para Dividir os Sonhos, com Matt Dillon; A Cor do Seu Destino, com Norma Bengell e muitos outros, sobre os quais ainda não parei para pensar.

Assistiremos comendo porções generosas de pipoca salgada, bebendo algum coisa gelada e se deixando levar pela torpe distante da telona.

Alívio imediato.

Mas existem dois filmes que tenho o dever de assistir com meu moleque, assim que ele não for tão moleque, dever que me vem da figura de pai e educador.

Christiane F. - Drogada e Prostituída, que conta a estória verídica de uma jovem alemã, que na década  de 70 se torna uma viciada aguda em cocaína e heroína.  Sua vida se torna um tema de tragédia, indo bem fundo no poço sujo da prostituição, violência e consumo de drogas.

Um filme reflexivo.

Abaixo de Zero, que teve a participação de um jovem Robert Downey, Jr. bem antes de seu estrelato em Chaplin, Sherlock Holmes e Homem de Ferro.

O filme conta a estória de jovens bem nascidos na riqueza de Beverly Hills, que muito cedo enchem suas vidas vazias de ócio e luxo, com carreiras cada vez mais longas de cocaína e heroína.

O elenco tinha vários nomes que fizeram sucesso nos anos 80 e depois sumiram: James Spader, Andy McCarty, a estonteante Jami Gertz (que também fez Os Garotos Perdidos, cult de 86 que lançou Ralph Machio e Kief Sutherland) entre outros nomes.

O filme vale muito pelas cenas de Downey que já naquela época demonstrava um imenso talento dramático, e pela mensagem que é passada, e que todos os moleques de 17 anos deveriam entender: as escolhas que fazemos nos levam as consequências que elas nos trazem.

Como disse, o projeto é assistir junto com meu filho, comentando as cenas e tentando educar sem manipular.

É a escolha que fazemos quando decidirmos ser pais.

GM




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