sexta-feira, 7 de outubro de 2011
O que seria dos Beatles, sem Paul ?
E o que seria de Paul, sem os Beatles ?
Difícil responder. Impossível saber.
O fato é que quanto mais eu mergulho no material produzido por Paul em sua fase pós- Beatles, seja com Wings ou seja solo, mas eu vejo ali a mesma qualidade, inovação, consistência musical e beleza da época em ele empunhava o baixo Hoffman e fazia coro com os outros três.
Por exemplo, ouvi ontem "Band on the Run", talvez o disco mais importante da fase de Paul + Wings. O disco é de uma qualidade musical incrível. Lembra demais algumas passagens do Álbum Branco de 1969, por exemplo.
Ouça "Jet". Depois ouça "Revolution". Ouça "Bluebird". Depois ouça "Blackbird".
A proximidade não está apenas na brincadeira com o nome das canções. Está na essência do trabalho.
Não digo que Paul estava copiando o trabalho daquela época, ou se reinventando, digo que a musicalidade e beleza contida na música dos Beatles era sim, e muito, fruto do perfeccionismo, chatismo e incrível talento de Paul McCartney.
Nunca dei espaço para refletir sobre aquelas eternas questões beatlemaníacas, do tipo, John ou Paul ?
Quem foi o melhor ? Quem foi o carrasco ?
Este tipo de polêmica é, no mínimo, injusta com Ringo e George. Músicos de primeiríssima qualidade e que deram muita contribuição ao quarteto.
Este post não serve para reviver este tipo de debate setentista.
Apenas concluo, que ouvindo mais e mais o material de Paul pós-Beatles e pós-Wings, percebo ali muita identidade com o trabalho conjunto dos fabfour.
Como se fosse um trabalho solo, assinado por Paul McCartney.
GM
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