quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Chico Buarque, exilado e a conivência do brasileiro !

Aconteceu no início dos anos 70.

Sabemos que foi um exílio voluntário, um adeus próprio às próprias raízes e genes, mas também uma virada de costas a muitos generais idiotas, com seus surrados pijamas verde-oliva.

Ainda não era uma unanimidade nacional.  Ainda não existia "Construção".  Era um artista em contemplação.

Se ouvia resquícios de uma "Banda" passando e estalos de um "Pedro Pedreiro" num canteiro de obras qualquer.

Uma pena.

Por lá ficou uns dois anos.  Fez shows pequenos em palcos mambembes.  Chamou e clamou pela ajuda do amigo Toquinho, que o antendeu feliz e sorridente.

Abriu shows para artistas em ocaso.  Levou Marieta, e por lá aprendeu italiano, ao menos.

Sua ausência do Brasil não refez a história e nem ajudou muito a apagar a história dos generais e coronéis dos porões da tortura...mas ao menos não foi conivente.

Não quero ser conivente com  coisas que não aprovo.  Não sou Chico Buarque, mas sou brasileiro.

Pago meus impostos e pago de novo, em dobro: saúde, escola, segurança, pedágios, tarifas telefônicas e outras tantas, que chego a ficar tonto, enquanto a banda vai passando.

Não quero ser conivente, mas não sei exatamente o que fazer.  Então eu escrevo, oriento meu filho, converso com amigos e sigo em frente...pagando mais impostos.

GM

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