quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

O meu primeiro disco da Madonna


Eu sei. Trata-se de uma das maiores forças do pop.


Na verdade, um de seus criadores. Ou no mínimo, junto com Michael Joseph Jackson, um de seus aperfeiçoadores.

Há uma coisa clara que define e distingue o bom pop dos anos 80, das tecnologias musicais que hoje dominam as FM´s. Trata-se da tríade, música – letra – palco e Madonna sabe disso.

Vamos observar mais atentamente estes dois monstros do pop.

Michael inventou o vídeo-clip e se apoderou da mecânica “personagem + estória”, para cantar seus hits. Também trouxe o mundo fashion para a música e criou um padrão de coreografia de palco, até hoje imitado – aquela formação em pirâmide, aonde o vocalista é a ponta e depois, em camadas, os bailarinos vão engrossando o caldo até a base, com 06 ou 07 performers.

Madonna foi a primeira a erotizar o pop. Com alguma competência vocal e muita coragem na estética, cravou as unhas nas raízes mais simples da música popular e fez disso um meio de vida.

Os dois foram mestres da combinação música – letra – palco.

E com a ajuda de arranjadores do quilate de um Quincy Jones, estrearam e quase que patentearam o novo, hoje velho, pop.

Fizeram com perfeição o esquema ‘introdução - refrão – solo – refrão – fechamento’.

Além disso, levaram o gênero a um êxito comercial nunca sonhado por Sir Paul McCartney, seu real criador.

Naveguei décadas nas ondas do bom pop sem nunca ter dado eira ou beira à Madonna.

Impliquei com seu jeito punk comercial, desdenhei de suas letras e ri muito de “La Isla Bonita”, uma das piores coisas que ela já gravou.

Na verdade, até semana passada, na minha coleção pessoal, não havia um único exemplar de disco dela, seja em CD, vinil ou K-7. Madonna, pra quê ?

Mas isto também mudou. E atendendo ao desafio de meu amigo Robélio, comprei um disco da Madonna. Comprei talvez o único disco que ela tenha gravado. É claro que falo de “Like a Virgin”, com hits automáticos como “Material Girl” e “Bordeline”.

Sim, está comprado. Em vinil, com a capa perfeitamente conservada, apesar de passados quase 28 anos de seu lançamento.

Não adianta protestar. Ganhei a aposta e comprei o disco. Só me falta coragem para ouvir.

GM


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