segunda-feira, 18 de junho de 2012
Seal, Soul
E o que é, de verdade, a soul music ?
O Soul nasceu do rhythm and blues e do gospel durante o final da década de 1950 e início da década de 1960.
A palavra soul era um slang (gíria) usado nos EUA como um adjetivo, para se referir ao cidadão afro-americano e suas etnias; "soul food", por exemplo, significava "comida de negro".
Numa época de mudanças culturais drásticas, luta por direitos humanos, liberalismo comportamental, passeatas contra o racismo e contra a guerra, a soul music serviu de pano de fundo e tempero para todo esse caldeirão cultural.
Soul music não é música de negro. E nem de branco, amarelo, vermelho ou qualquer outro tipo de cor.
A soul music não tem cor. Tem som.
E era com alma que gênios como Ray Charles, Ike Turner, Otis Redding, B.E. King, Barbara Lewis, Sam & Dave, entre muitos outros, cantavam suas dores e seus sonhos.
Influenciaram várias gerações de artistas. De Tim Maia à Banda Black Rio. De Steve Wonder à Michael Jackson, passando por nomes menos lustrosos, até chegar em Seal.
Seal é um britânico que canta com os dois pés pesadamente enfiados na alma soul. Bebeu de fontes muito puras e desenvolveu um estilo vocal sedoso e cheio de energia.
Escolheu à dedo o repertório de seus dois discos dedicados à Soul Music. E não faz muita diferença ouvir Soul, de 2008 ou sua continuação perfeita, Soul II, de 2011.
São dois baita discos.
Eu ouvi os discos e destaco:
"A Change is Gonna Come", do imortal Sam Cooke e "Stand By Me" do não-morre-nunca B.E. King.
Vale muito à pena. São dois belos discos que pedem o acompanhamento de um bourbon legítimo e de uma bela mulher ao lado.
Por sorte tenho os dois em casa.
GM
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