quinta-feira, 20 de setembro de 2012

A falta que faz o "The Police"


“Last Exit” era a banda de jazz-rock aonde Sting tocava baixo e cantava, nos idos de 1975/76. Uma banda inexpressiva e que não conseguia conter o talento criativo de Sting.


Stewart Copeland tocava bateria num grupelho de rock progressivo chamado “Curved Air”. Irritava Ponce Chapell, o vocalista da banda, com suas viradas de inspiração jamaicana e com a mania que tinha de prender a baqueta aos dedos com esparadrapo.

Andy Summers, enquanto isso, provavelmente “...tomava um conhaque no outro canto da cidade, como eles disseram...”.

No começo, 1977, já com o nome The Police, Sting e Stewart convocaram um guitarrista obscuro, chato pra caramba, perfeccionista e com tendências disco, chamado Henry Padovani.

Estava concluída a 1ª formação da banda.

Neste mesmo ano lançaram Fall Out, 1º single da banda, que chamou a atenção da crítica pela fusão rock-jazz-reggae-punk, característica que marcaria o caminho criativo da banda e dos músicos, até que fossem mordiscados pelas armadilhas do pop.

Ainda em 1977, Henry Padovani foi gentilmente convidado a ir para bem longe da banda e a virtuose de Andy Summers assumiu o posto de guitarrista.

Eram um trio novamente. O resto é história:

Assinam em 1978 com a gravadora A&M e saem numa aventura louca, sem mídia e sem dinheiro, tocando em 26 cidades americanas, numa van alugada e com equipamento alugado.

Coisa de gênio ou de maconheiro. Ou ambos, quem sabe.

Ainda em 1978 lançam o disco Outlandos d’Amour, que entrou no top 10 da Inglaterra e no top 30 dos Estados Unidos. Na carona do relançamento da pedrada chamada “Roxanne” (a estória de uma garota de programa de Amsterdam), o disco chega ao sexto lugar nos Estados Unidos.

Depois, em 1979, lançam Reggatta de Blanc, com o baita sucesso Message in a Bottle. Um orgasmo sonoro com base jazzística e levada pop.

Então vieram os anos 80.

Zenyatta Mondatta, Ghost in the Machine e Synchronicity confirmaram o talento criativo do trio, com direito a diversas premiações, além de 03 prêmios Grammy.

Vieram ao Brasil em 1982, para tocar no Maracanãzinho, show que por falta de idade e de dinheiro, infelizmente não pude assistir.

A partir de 1984, a banda entre em parafuso emocional.

Cada integrante queria seguir um caminho diferente. Sting flertava com o cinema. Stewart fazia projetos instrumentais e Andy Summers, “...comia todas as menininhas do pedaço...”.

Desgraça anunciada. A banda se desfez.

Voltou a ser reunir para vários shows, inclusive  no Brasil em 2008. Após isso a ruptura foi definitiva.

Perguntaram ao Summers se ele queria voltar a tocar com Sting, em algum outro projeto. Ele teria dito que não.

“...o Sting é um cara chato para caramba...”.

Saudades do Police.

Uma das poucas bandas de música que tinham qualidade musical, criativa e sabiam fazer rock / reggae e jazz, como poucos.

GM

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