sábado, 22 de setembro de 2012

Apenas Suzanne Vega, apenas.


Já disse e repito: o folk não é pop.

E o pop, bem, este às vezes, é prá lá de folk.  Depende da competência de quem o faz.

Suzanne Vega é daquelas mulheres que podem enlouquecer um homem.  Seu jeito de menina e seu olhar de puta, tiram o fôlego da alma do mais casto pagão.

Isto, pra não falar de sua música.

Suzanne Vega é daquelas mulheres que quando cantam congelam a cena e o cenário.  É uma artista maravilhosa.

Sua música inspira a minha imaginação e percepção auditiva, ao mesmo tempo.  E ao mesmo tempo em que a ouço, imagino cenas em que poderia devorá-la aos poucos, mastigando e engolindo cada pedacinho branco daquela pele lisa.

Suzanne Vega é uma grande mulher pequenina.

Achei discos que antes achava perdidos, e depressa espetei na agulha de minha velha pick-up. Me satisfiz com músicas belíssimas como "Luka" e "NY is a Woman".  Ouvi repetidas vezes, além do físico e aquém dela mesma.

Suzanne Vega é daquelas mulheres que nos dá vontade de pôr no colo.

Mesmo sob o risco de ouvir dela o quanto esse gesto é antigo e idiota. Como são antigos e idiotas os homens de minha geração.

Existem mulheres que não precisam de colo.  Só precisam ser devoradas.  Às vezes aos poucos, e às vezes de uma única vez. 

Eu gostaria de me engasgar com Suzzanne Vega na garganta.  E depois, só depois,  deixar rolar.  Acredito que seria bom, ou no mínimo, esquisito.

Mas como isso não será possível, e é sabido e aceito, me contento em ouvir suas lindas músicas pop com alma folk e negra.

Uma de suas letras mais autorais e das quais mais gosto diz assim: "...NY city is a woman and she'll make you cry, to her, you're just another guy...".

Totalmente Suzanne.

E assim é minha relação com esta mulher em forma de som: eu apenas ouço e ela, feliz, apenas obedece.

Nossa testemunha é, apenas, um ovation de 12 cordas.

GM



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