quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Discoteca básica 10 - a última da pretensa lista

Raul Plasman provavelmente diria: "O jogo só vai acabar, quando o juiz apitar"...ou ainda..."Se ninguém fizer gol não haverá vencedor."
Pois é. O juiz não apitou mas chegamos aqui, depois de três meses de pensares e pesares, ao fim da mais pretensiosa lista de referência musical que algum maluco tenha ousado publicar.
Peço que me entendam. Não peço que me aplaudam. Na verdade a idéia nem foi minha. Mas um espírito tenentista verde-oliva me jogou na empreita. Fazer o quê.

Aqui na solidão do quarto do meu hotel despreferido no Itaim paulista, ouvindo o abusados Little Feat na last.fm (a melhor rádio-comunidade da web), me dei conta de terminar a lista.
Naveguei um pouquinho nas nove primeiras dicas. Lembrei que recomendei Ray Charles, por que música dele dispensa a luz; falei de um Chico Buarque construtor, que fez elegia nas estruturas da MPB; sussurrei Miles Davis como dica sonata; belisquei Milton na esquina de seu clube; entre outros, sei que muitos ficaram para trás: uns secos, outros molhados, algumas damas não citadas, todas, acho que caberiam nas entranhas de Betânia...que estava lá.
Fidalguiei Beatles, como se Elvis não existisse. Paciência, perfeito só o Flamengo de 1981 !

Agora encerro a questão e ouso recomendar Tom Jobim e seu Stone Flower, produzido por Eumir Deodato e que boquiabertou todos os gringos de cintura dura, além das terras pau-brasiliensis.
Ele é forte demais. Navega em arpejos para cima e para baixo. Ao piano, suas notas são como gotas de chuva. O cara é bom. Maior do que ousamos crer em homenagens nativas. Pequenas e políticas. A nossa cara.

O cara é bom, mas se foi. Ficou a música, especialmente este seu disco aqui recomendado.
Nossas conversas sobre música não acabaram. Falaremos sempre. Mas chegas dessas listas de alcova. Sou descrítico e prefiro ouvir e beber. Beber e coitar.

Vamos ouvindo, em frente !

GM

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