quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Amigos, graças a Deus

A viagem de Campinas a Fortaleza foi uma provação. Longa. Lenta. Dolorida.
Depois de três horas no ar, e com a bunda já formatada à pudim, tocamos solo, no início da madrugada. Realmente, voar é para pássaros: bluebirds de Alice ou Blackbirds de McCartney.
No caminho entre o aeroporto e o hotel, minha mente vegetou. Estava terrivelmente cansado.
Meu corpo operava por instrumentos.
Em Fortaleza a jornada era árdua: entrevistar doze candidatos. Negociar a estrutura das outras cidades. Acompanhar e validar à distância o mapeamento do fluxo de valor da minha área. Finalizar um projeto de licenciamento. Manter a stressante rotina de emails em dia.

Adormeci podremente.

Dia seguinte: uma hora de vôo até Recife. Cheguei cansado como uma estátua. Todas as fibras do meu corpo doíam. Todas as células da minha estrutura pilavam. Operava por instrumentos, de novo.
Um lampejo de luminosidade me refez na chegada. Era o sorriso largo de João Dantas que me esperava fielmente. Amigo que vale. Amigo certeiro como um tiro de carabina de sal.
Me recebeu com amizade e já dentro do carro tratou de me animar com suas estórias campeiras.
Daí à frente o cansaço cedeu. Contou-me alegremente de sua neta que estava a caminho, enquanto seus olhos faíscaram num brilho molhado e emocionado. Era um adolescente avô.
Entre amigos o dia passou rápido. Almoçamos no Vento de Gaio, restaurante português típico de Recife, na compania de um bom Gomes de Sá e das estórias de outro João, este um português radicado em Recife por muitos anos.

Um almoço fantástico !

O dia transcorreu denso e cheio. Mas a sensação de estar entre amigos era mais forte. À noite a janta foi na compania de Castelo, outro amigo de anos e de uma energia única. Um grande caráter.
Fomos no Chica Pitanga e comi um delicioso arroz com polvo.
Desta passagem em Recife guardo a amiga compania de Dantas, Castelo, Guilherme e Diogo. Todos heróis da guerrilha urbana diária. Todos fazem aquilo que precisa ser feito, e o fazem com ética.

Na madrugada seguinte parti para Salvador. Naqueles horários madrugadeiros que só a malha aérea do Nordeste proporciona.

Quando voltar a Itu vou sentir saudades, pois tenho amigos, graças a Deus.

Vamos em frente !

GM

Um comentário:

  1. Nessas viagens haja fígado meu amigo, a gastrô do nordeste é cheia e firme...zé paulo.

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