segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Em nome do pai

O amor mais leal que existe é aquele entre um pai e seu filho. Um filho e seu pai. É aquele que nasce na crença do possível e renasce na certeza do impossível.
A imagem que um pai busca no filho, e para um filho, é a ausência de toda dor e a plenitude de todo o amor.
Foi isso que conseguiram sintetizar nas filmagens de "Em Nome do Pai", um clássico do bom cinema europeu que traz Daniel Day Lewis, talvez, em seu melhor furor.
O filme narra a história de Gerry Conlon, um jovem irlandês que, de passagem e vadiagem pela Inglaterra, é envolvido numa sórdida armação do sistema legal inglês, para servir de bode, mula, besta-espiatória de autoridades que precisavam urgentemente dar respostas a eleitores e a mídia.
Filme forte, para estômagos doces. A cena de tortura não se compara ao banho de sangue das atuais produções holywoodianas, mas mesmo assim, é mais impactante.
A cena mais incrivel e emocionante de todo o filme, e de todos os filmes que já vi, é aquela que mostra a reação dos presos, na penitenciária federal, ao receberem a notícia da morte do pai de Gerry. Um silêncio feio invade a tela. Um trilha triste faz rolar lágrimas nos olhos do mais frio expectador. Os presos começam a jogar pelas janelas pedaços de papéis em chamas. A câmera, em slowmotion, acompanha a queda de cada um dos pedacinhos de papel, que despencam lentamente até o chão.

Eram paródias das lágrimas de fogo que o filho choraria por seu pai.

Assistam rápido. Assistam logo. É matéria-prima para o currículo de nossas vidas.

Vamos em frente !

GM

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