quarta-feira, 16 de maio de 2012
Lee Jackson e o samba-rock
Eu gostava de atribuir a invenção do samba-rock a Jorge Ben, aquele que se tornou Benjor.
Aquela batida e levada diferente no violão e na guitarra, geralmente sempre muito bem acompanhada dos ótimos músicos da "Banda do Zé Pretinho", era marca registrada do bom e velho "Babulina".
Ele também gravou um disco (de muitos) antológico chamado "África-Brasil", do qual me orgulho de enfileirar na prateleira e espetar na agulha da pick-up, a todo momento.
Mas, ao que parece, o samba-rock não foi de fato inventado por ele. Nem por ninguém.
Eu não estava buscando provas para fundamentar esta tese fraquinha, mas, meio que sem querer, caiu em minhas mãos um disco que ajuda um pouco a reescrever esta história.
Falo do disco "Bill Halley presents: Lee Jackson, featuring Samba-Rock" de 1976. Um disco que não era apenas de samba-rock, seja lá o que isso queira dizer, mas sim, uma fusão de samba, baião e forró com o rock tradicional.
O velho Bill Halley acompanhou as gravações e posou para as fotos. Apenas.
A banda Lee Jackson era composta, em seu núcleo base, por Dudu França, Luiz Carlos Maluly e Marcos Maynard. Desses três, dois (Luiz e Marcos) se tornaram grandes executivos de gravadoras, em Portugal, México e Brasil.
Já Dudu França virou poeira inter-estelar.
Muito interessante o disco. Bons músicos e arranjos curiosos que mesclam Stones com Valdir Azevedo. Luiz Gonzaga com Ray Charles.
Peça rara. Mas se você conseguir uma cópia, dando sopa, incauta, por aí...compra logo e escuta com calma.
Vai ser uma grata surpresa.
GM
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