sexta-feira, 15 de março de 2013
O belo trabalho da Martin-Claret
O livro tem o poder de mudar o ser humano. Já o bom livro, é capaz de revolucionar o pensamento da humanidade. O livro molda, muda, aperfeiçoa, humaniza, emociona e custa pouco. Bem pouco.
Na era das mídias e redes digitais, o livro ainda tem lugar de destaque. Um livro novo encanta pela experiência única da leitura de páginas novas, intocadas, como a bela virgem que aguarda e imagina.
Um livro usado tem memória. Tem cheiro de letras. Tem notas escritas ao roda-pé das folhas. Tem datas alusivas e dedicatórias de amor.
Hoje, ainda hoje, em meio a terabytes, zetabytes, bigdatas e tanta conectividade, o livro preza e se reserva a um papel importante na construção do ser humano. Ele é a argamassa do conhecimento.
Neste contexto, a editora Martin-Claret está com as mãos cheias de tijolos. Belos tijolos prontos e à disposição daqueles que souberem se livrar da preguiça mental e ousarem resistir a esta fortíssima corrente imbecilizadora, que avassala o Brasil de 10 anos pra cá.
Esta competente editora brasileira, navegando à contra-mão da cena patética que é a conjuntura cultural do Brasil de hoje, edita, lança e revive, todos os clássicos da literatura mundial. Clássicos indispensáveis, a nós, como o oxigênio, a menos que o leitor seja uma criatura unicelular.
Beldades como o brasileiro Machado de Assis, o francês Victor Hugo, o inglês Charles Dickens, o americano Kerouac, o anglo-alemão Huxley, entre outros nomes de peso, abrilhantam o catálogo da editora, numa apresentação acessível, prática e de ótimo conteúdo.
Disponível em livrarias, lojas de conveniência, shoppings, quiosques e até no calçadão da praia, esses clássicos nunca estiveram tão ao alcance das mãos, do bolso e da mente.
Desafio: comece a leitura de "Os Trabalhadores do Mar" e tente parar no meio. Impossível. Inicie os parágrafos de "Exodus" e tente esquecer depois. Improvável. Dê uma mera folheada nas páginas de "Memórias Póstumas de Brás Cubas" e tente não consumir a obra inteira. Impensável.
O livro é o alimento da alma.
Parabéns a esta iniciativa editorial. Parabéns a Martin-Claret, que ousou sonhar um mundo com mais letras, emoção, conhecimento, cultura e amor.
GM
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