segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

A TV que degrada e imbeciliza

Existem coisas fáceis, na vida, e existem também coisas difíceis.

Difícil é muita coisa.  Difícil é muito longe.  Difícil é muito caro.

Hoje em dia, é ainda mais fácil encontrar dificuldades ou barreiras para se ler um bom livro, para se conversar com outros sobre um tema qualquer que demande reflexão ou esforço de raciocínio. 

Ou mesmo para uma relaxante partida de xadrez.

Leitura de jornal então, nem se fala.  Ou melhor, nem  se lê.  Quando foi a última vez que vi alguém com menos de 30 anos com um jornal nas mãos ?

Não me lembro.

Todos esses valores estão sendo apressadamente substituídos por nada !

A bossa, o jazz, o samba e o rock sumiram das rádios.  O que se escuta e o que se vende é axé, sertanejo, pseudo-funk e tecnopop. 

E dá-lhe bunda, peito, letras imbecis e melodias bate-estaca.

Os clássicos sumiram das livrarias.  As prateleiras hoje vendem arqueiros, fantasmas, biografias de gente que sequer tem história e celebridades vazias.

Um absurdo !

A TV de qualidade, salvo raríssimas exceções de emissoras que ainda tem coragem para divulgar cultura, vomita imbecilidades todos os dias.

O tele-jornais pingam sangue.  Os TV-shows ejaculam sexo e merchandising e o esporte se tornou refém do enquadramento das programações.

A TV brasileira acelera o já irreversível processo de imbecilização do povo brasileiro.  Ninguém mais lê.  Ninguém mais escreve.  Ninguém mais conversa.

Somos provavelmente o maior mercado mundial para programas, produtos, celebridades, música e publicações imbecilizantes.

Somos a pátria das imbecilidades, principalmente na política.

A linguagem involui a cada dia.  Hoje  quem fala e escreve certo é discriminado e rotulado como aberração.

Nosso povo se imbeciliza mais a cada plin-plin alienador.

Nos tornamos uma vergonha para nossos pais e um asco para nossos avós. O Brasil do homem de agora é imbecil, e escolheu ser assim

Por sorte ainda podemos fazer alguma coisa quanto a nossos filhos, por enquanto, ainda há um futuro que parece valer à pena.

GM

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