terça-feira, 25 de agosto de 2009

Woodstock

Por puro preconceito, muitos alinham a imagem do festival ao velho arquétipo sexo, drogas e rock and roll. Muito puro preconceito. Woodstock foi mais, muito mais. E foi menos também.
Em casa, eu tinha, afundado nos limites físicos da estante, uma versão em DVD comprada em Ribeirão Preto em 1999. Um registro dos primeiros dois dias do festival. Umas imagens que são muito reveladoras. A explosão contida por anos de cinismo veio à tona numa moldura de música e atitude.
Os coadjuvantes eram os caras da cena e do backstage. Os protagonistas eram as meninas e meninos, sem dinheiro, com lenços coloridos e flores no cabelo. O festival serviu para muito mais do que os organizadores (com pouca ou nenhuma organização) se propuseram no começo.
Michael Lang não tinha idéia de onde estava se metendo.

Mas se meteu.
Algumas coisas estão sendo feitas para marcar os 40 anos do evento. Será relançada a trilha sonora original, remasterizada com algum over, por que ninguém é de ferro. O filme oficial também terá uma nova versão em blue ray. Palmas !
Só que a principal homenagem será no campo das letras: "Woodstock...40 anos depois..." de Peter Fornatale, editado pela Agir e nas boas livrarias a partir deste mês.
Essas sim, são as verdadeiras memórias de Woodstock. Está tudo lá. Narrado em 1ª pessoa pelos astros e estrelas que brindaram o tempo com suas músicas. Santana explica a loucura que foi seu show. Country Joe fala de como mandou toda a norte-hipocrisia-americana se f(*)..."give me a F"...

Amigos e presentes falam da explosiva apresentação da Janis Joplin, de Jimi Hendrix e de Sly Stone.
Uma obra irmã, mais que prima.
É óbvio que eu recomendo. Nunca um livro foi tão barato assim, e que barato, meu, que barato !
Enrola aí !

GM

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