domingo, 10 de abril de 2011

Janis Joplin no Brasil

Foi no início de 1970, talvez janeiro...talvez fevereiro, a musa do blues rock veio ao Brasil achando ser possível aqui se recuperar do uso de drogas pesadas. Uma jornada que hoje seria chamada de rehab. De fato, heroína. Mas o ponto é que nossa herói-mulher, além da voz indiscutivelmente única no cenário rock & blues tinha como característica um comportamento auto-destrutivo e profundamente entristecido. No Rio, bebeu...e muito...cantou em cabarés, parece ter tido um caso amoroso com um obscuro astro pop de nome Serguei (para quem não se lembra, esta figura cantou como convidado no Rock'n Rio !) e até foi a ensaios de escolas de samba. Experimentou cachaça e pediu "Samba em Berlin". Um drink inventado no Rio muitos anos antes por Marlene Dietrich, que misturava aguardente com Coca-Cola no café da manhã. Ao que parece, foi expulsa do Copacabana Palace por fazer nudismo na piscina e fez top less nas areias do posto 6. Deve ter sido uma vista irregular, aquela mulher branquinha, ruiva, com axilas cabeludas e púbis estilo Cláudia Ohana, passeando desnuda entre camelôs e cariocas. Uma visão Tarantino ! Morreu muito jovem, em L.A., aos 27 anos de idade vitimada pela droga que a consumia. Deixou um legado musical único e uma voz até hoje inigualável, apesar das tentativas de Kim Carnes e Tanita Tikaram. Alguns meses após sua morte, foi lançado o álbum Pearl...uma bomba de alto nível, com blues, rock e soul. Foi tema de filme. Viveu...cantou e deixou saudade. Uma mulher maravilhosa e perdida para sempre dentro da própria cabeça. Uma pena. GM

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