quarta-feira, 27 de abril de 2011

O Garoto de Liverpool


Assistimos ao filme "O Garoto de Liverpool" (tradução confusa para o original "Nowhere Boy"), dirigido pelas mãos obscuras e competentes de Sam Taylor-Wood.

Esta cinebiografia de Lennon, na verdade, deixou muito a desejar.

O elenco, à exceção de Kristin Scott Thomas, é pálido demais para a complexidade do tema.

O fita é de 2009, mas só agora consegui uma cópia decente.

Assistimos com uma ansiedade natural de quem admira a música de Lennon e de Lennon-McCartney, mas nos decepcionamos muito.

A estória é muito contida e reflete apenas alguns fragmentos da mocidade de Lennon: uma infância perdida e costurada por crises familiares, perdas, egoísmo, narcisismo e muito talento.

Um cenário ideal para a fermentação de toda a genialidade musical e poética que depois ele entregou ao mundo.

Destaco dois momentos do filme:

- Após uns poucos minutos de aulas de banjo, dadas por sua mãe Julia, Lennon passa horas tentando aprender sozinho a dominar o instrumento, e no final do dia, com os dedos bem doloridos, executa o instrumento como se o conhecesse a anos.

- O encontro dele com Paul, quando foram formalmente apresentados e, a partir dali, toda a cumplicidade e parceria que se formou entre eles. Parecia que um sabia o que o outro estava pensando. Eram como irmãos.

A trilha é muito boa, com trechos de músicas pré-Beatles e arranjos juvenis bem relax.

O filme é fraco. Na verdade, muito fraco. Mas para quem se alimenta de Beatles e de todo o seu legado, recomendo, afinal, já assistimos coisas bem piores que isso !

GM

Um comentário:

  1. Muito interessante esse seu ponto de visto sobre esse filme que eu fiquei com vontade de assistir já que eu sou admirador de John Lennon, mas vou assistir assim que possível... Giba lembra de mim? Sou eu o Arthur filho do Geraldo, adorei seu blog e fiquei com "inveja" da sua coleção de vinils, assim que possível irei conhecer... Abraços e visite o meu blog http://olhoko.blogspot.com/

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