quinta-feira, 5 de maio de 2011

Alguém para dividir os sonhos



Era uma noite de insônia. Brava, daquelas de dar raiva do travesseiro.

Um hotel modesto em Niterói, com cama dura, de sogra, não ajudava muito.

Desistindo de dormir, depois de alguma luta, me estiquei na cama e liguei a TV.

Procurei qualquer coisa que me fizesse esquecer a obrigação de dormir. Qualquer coisa mesmo.

Numa sessão madrugada de um canal qualquer, reencontrei um filme fantástico.

"Alguém Para Dividir os Sonhos", um filme emocionante, que, mais uma vez, me fez rever alguns valores, enquanto dividia meus pensamentos com um travesseiro cheio de ácaros.

Em geral não gosto do trabalho de Matt Dillon. Sempre o achei um ator canastrão, daqueles que tem o mesmo gesto e o mesmo olhar para qualquer tipo de cena e personagem.

Danny Glover também nunca esteve entre os meus preferidos, apesar de todo seu esforço em "Máquina Mortífera".

Desta vez foi diferente, de novo.

Neste filme, Matt Dillon emociona até o mais frio expectador, numa estória onde um homem busca reencontrar sua fé na vida, nos amigos e em si mesmo.

Danny Glover é a moldura e a escada que proporciona tudo isso.

Um filme impressionante, ultra-atual, apesar de seus 18 anos de lançamento.

Recomendo sem medo de ser feliz.

GM

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