segunda-feira, 9 de maio de 2011

Play it Again, Sam...Victory (ou Fuga Para a Vitória)... e Take Five



Casablanca

Foi Zuza Homem de Mello quem disse, ou melhor, escreveu no Correio de Campinas na edição deste domingo: a frase mais recordada e repetida da história do cinema nunca foi dita.

E com muita propriedade e alguma pesquisa, este culto jornalista reproduziu em sua matéria, até os diálogos entre Ilsa Laszlo (Ingrid Bergman - sueca) e o pianista Sam (Dooley Wilson, na verdade cantor e baterista e que não sabia um único acorde ao piano).

De fato a bela mulher em nenhum momento diz "Play it Again, Sam...". A frase passa perto disso, mas não é isso.

Efeito Denorex, numa das mais belas cenas da história cinematográfica.

Casablanca, de 1942, entrou no inconsciente coletivo de qualquer um que saiba reconhecer um pedaço de película no chão.

Já do shampoo não se pode dizer o mesmo.

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Victory

No domingo íamos assistir ao filme Pelé Eterno, em DVD.

De tanto falar no rei, meu filho ficou curioso. Voltamos de Campinas e o filme ficou na prateleira de Sherlock, meu sogro preferido.

Já em casa me lembrei de um filme razoável, rodado em 1982, com a atuação de Pelé, ao lado de Silvester Stallone (ainda magrinho) e Michael Caine.

Por sorte estava bem conservado.

Na fita, um grupo de prisioneiros de guerra é desafiado pelos nazistas para uma partida de futebol. Pelé faz de suas artes, com direito a gol de bicicleta e Stallone (sem bomba) é o goleiro frangão que se redime no final.

Cenas imperdíveis: todas de Pelé, sempre, e a cena em que todo o estádio canta, a altos brados, o hino francês em sinal de revolta e resistência à ocupação nazista.

Fraquinho, mas recomendável.

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Take Five

Paul Desmond e Dave Brubeck não deveriam ser músicos de jazz.

Na verdade, deveriam ser professores de matemática.

Música de Desmond e interpretação de Brubeck e seu quarteto, a obra-prima Take Five é como um tratado de cálculo diferencial: pela perfeição, pelo profundo conhecimento de composição de quem a sonhou e pela beleza extrema de seu todo.

A começar pelo difícil compasso 5/4, a passar pela incrível simbiose entre o contra-baixo e a bateria e a terminar pelo conjunto.

Moderna desde 1959, parece uma espiral infinita. Se você a escutar prestando muito a atenção certamente terá aflição e ansiedade.

Recomendo ouví-la baixinho, ignorando as harmonias e prestando atenção apenas à melodia e à taça de vinho, que certamente estará á sua mão.

É conforto certo.

GM

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