domingo, 7 de junho de 2009

Um clássico não se reduz.

Assisti Dr. Jivago mais uma vez. Acho que a primeira com o tempo, a calma e a atenção que este clássico merece.
De novo me emocionei. Nem tanto pelo contexto histórico da fita. E que contexto ! Que história ! Que fita !
Sequer pela analogia comparada, que poderíamos fazer ao nosso tempo: um partidão de esquerda, os anos de chumbo, ame-o ou deixe-o...lembra ?
Nada disso. A emoção veio quando me apaixonei, mais uma vez, pelos olhos de Julie Christie e pela doçura do Tema de Lara.
Chorei pela renúncia daquele homem, que viveu à margem de seu verdadeiro amor, flertando de longe, e apenas, com a felicidade.
Viveu aos pedaços, o pobre Jivago.
E que coragem da MGM...e que coragem de David Lean ! Depois de quatro revisões de orçamento, fechou o punho e seguiu seu rumo; diria ele anos mais tarde:
- Sou burro como um asno e teimoso como uma mula !
Mr. Lean, empresta-me um pouco da tua convicção e da tua burrice, pois hoje recebi a triste notícia de que vão relançar Jivago num formato mais comercial e...de 90 minutos(!).
Shariff e Chaplin me socorram...um clássico não se reduz !

Putz...como é cinemascópico viver !

Vamos em frente !

GM

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