sábado, 13 de junho de 2009

Um dia dos namorados

Na companhia de meu filho, saí pra comprar o presente.
Na loja de perfumes, descobri que vômito de baleia e placenta de vaca são bons insumos.
Caminhando pelos corredores do shopping reativei minha fobia à paulistano.
Na joalheria, aprendi como é barata a minha mania por CD´s e livros.
Em pé, próximo ao balcão da loja, entendi o quão demorado pode ser um embrulho para presentes e na saída da loja conheci o desprezo dos vendedores.
Chegando em casa reconheci o caminho do simples.
Os anos continuam passando. Tudo o que é físico é do mesmo jeito. Todo o metafísico é diferente...apenas pra quem vê.
Meu presente foi um sorriso dela. Dentes bem branquinhos e no canto da boca, uma pequena ruguinha...aqui e acolá.
Beijei todas.
Sim, fui pra cozinha. Piquei, bem picadinho, o alho e a cebola. Ouvi oito ou nove Cd´s. Bebi nove ou dez taças de um provocante merlot chileno. Convidei Caetano, Carole King e Paul Simon.
Todos, educadamente, aceitaram.
O risoto saiu fumegante e cremoso. À mesa, eu, ela e o filhote. Da panela para o prato. Do prato para o garfo. Do garfo para a boquinha dela. Embaixo da mesa meu pé provocava o pezinho lindo dela.
Dorme, filhinho, dorme.
Putz...como é safado viver !
Vamos em frente !
GM

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